Acessibilidade no meio digital

Juliana Oliveira
CashMe Design
Published in
4 min readNov 19, 2021

No dia 29/10/2021, a equipe de Design da CashMe realizou um encontro, e um dos temas abordados foi acessibilidade no meio digital. Eu, Juliana Oliveira, e o Vinicius Maffeis, trouxemos uma reflexão sobre o Design acessível, afinal, temos mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência.

Quando o assunto é acessibilidade, nós utilizamos materiais consolidados e que são referência no mercado como o W3C e o Manual da Presidência. Para que um site ou aplicativo sejam minimamente acessíveis, temos que avaliar 7 critérios:

#pracegover: página com quadrado azul alternando entre os blocos

1 — Navegação por teclado: vários tipos de deficiência dependem do teclado para a navegação. Pessoas com deficiências visuais, motoras e até mesmo alguém que está com um braço quebrado, por exemplo, precisam navegar por um site utilizando o teclado. Para testar se um site é navegável por meio do teclado, basta apertar a tecla TAB e verificar se é possível percorrer a página.

#pracegover: Fundo azul com uma símbolo de link branco

2 — Links de atalho: os links de atalho ajudam os usuários a pular e contornar as áreas do site, facilitando a navegação e o acesso ao conteúdo principal da página. O atalho para o conteúdo principal é obrigatório e deve ser o primeiro link presente na página.

#pracegover: Fundo rosa com uma mão e o lápis e uma balão representa o pensamento

3 — Descrição das imagens: todas as imagens do site precisam ter uma descrição para usuários com deficiência visual, com exceção de imagens ilustrativas, como um padrão de fundo, por exemplo. Nós verificamos se as imagens possuem texto de descrição e se estão aplicadas de uma forma coerente, garantindo assim que o usuário tenha acesso à informação.

#pracegover: Centopeia de várias cores

4 — Problemas de contraste: problemas de baixa visão e dificuldade de leitura são comuns. Um contraste adequado entre as cores do texto e do fundo facilitam a leitura. Neste caso, verificamos a diferença de cores entre os elementos da página para garantir se eles estão aceitáveis.

#pracegover: Vários livros empilhados

5 — Idioma da página: muitos leitores de tela e outras tecnologias assistivas são internacionais. Precisamos informá-los sobre o idioma que está sendo usado na página, caso contrário, a tecnologia pode utilizar outro idioma como referência.

#pracegover: Um boneco expressando-se em sinais

6 — Libras: milhões de usuários com deficiência auditiva utilizam a Língua Brasileira de Sinais (segundo idioma oficial no País) para se comunicar. Oferecer uma opção de navegação por Libras (por meio da inserção de avatares ou intérpretes), ou um direcionamento para uma ferramenta é essencial para garantir o acesso à informação para essas pessoas.

#pracegover: Um celular com uma mão e balões de diversas cores representando os ícones de deficiência.

7 — Página de acessibilidade: nesta etapa, verifica-se a existência de uma página que auxilie o usuário a visualizar as aplicações de acessibilidade no site e disponibilize um canal para o envio de dificuldades encontradas.

Após realizar essas avaliações, é muito importante conversarmos com quem vai utilizar o nosso produto ou serviço. Afinal de contas, ninguém melhor que o usuário com deficiência para dar insights sobre como deixar o nosso website ou aplicativo acessível para todos.

E para encerrar, deixo aqui uma reflexão: quantos dos nossos usuários com algum tipo de deficiência são consumidores dos nossos produtos e serviços?

A pergunta foi feita porque quem conseguir falar com esse usuário e atender às suas necessidades, tem uma enorme chance de cativar um público que, na maioria das vezes, não é priorizado nas tomadas de decisões feitas pela a grande maioria das empresas.

Espero que além de reflexivo, o tema deste artigo sirva como um orientador nas futuras tomadas de decisões das pessoas responsáveis por desenvolver soluções digitais.

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