Arrow — 5ª Temporada | Crítica

Série retoma o bom desenvolvimento das primeiras duas temporadas, vislumbrando anos melhores

Lucas Kalikowski
Catacrese
3 min readMay 25, 2017

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Criada por Greg Berlanti, Marc Guggenheim e Andrew Kreisberg. Com Stephen Amell, David Ramsey, Willa Holland, Paul Blackthorne, Emily Bett Rickards, Katie Cassidy, Manu Bennett, Echo Kellum, Josh Segarra, Rick Gonzalez, Katrina Law, Juliana Harkavy, John Barrowman.

Durante as duas primeiras temporadas, Arrow demonstrou um nível que até então nunca tinha se imaginado em séries de televisão baseadas em super-heróis. Entretanto, desde que The Flash estreou, a série do arqueiro caiu num marasmo, de sorte que foi difícil de acompanhar a terceira e a quarta temporada.

Dessa vez, a temporada teve basicamente um grande vilão, de forma que fica difícil dividir em arcos, isto é, Prometheus, desde o início, foi muito presente como o arqui-inimigo. Assim, durante grande parte desse ano, a série foi envolvida no mistério por trás da identidade do vilão e guardou algumas boas reviravoltas para aqueles que pensavam que a série seguiria as HQs. Claro, sempre dividindo tempo de tela com os odiosos flashbacks, Arrow, em princípio, finaliza-os no exato ponto em que a série teve seu início. Em diversas entrevistas os produtores da série afirmaram que os flashbacks ficarão no passado (com o perdão do trocadilho).

Com um gancho infinitamente melhor que o de The Flash, a sexta temporada não garante retornos, já que a última cena desse ano surpreende, podendo ser considerada uma das melhores até então. Aliás, para alimentar ainda mais o esperado clímax, alguns personagens de temporadas anteriores retornam em grande estilo para algumas lutas que eram esperadas por todos (Canário contra Canário, e o duelo entre as herdeiras de Ra’s Al Ghul, especialmente).

Sem nenhum destaque especial nas atuações, quem aparentemente consegue surpreender é Blackthorne, que vive Quentin Lance. Todo seu arco do alcoolismo, aliada à montanha-russa emocional a quem ele é submetido em todas as temporadas (perde filha, volta filha, morre filha, ganha filha) faz com que o ex-detetive se saliente em relação aos demais. Curtis (Kellum) continua sendo o alívio cômico barato e imediato necessário para alienar a obra de sua própria sombriedade e seriedade.

Considerando que Malcolm Merlyn não retornará tão cedo nas temporadas vindouras de séries da DC, seu personagem finalizou sua participação de forma óbvia e satisfatória. Desde o início, ele demonstrou ser muito apegado a Thea e a amava com seu jeito distorcido e doentio.

Não é à toa que o último episódio se chama Lian Yu, os produtores sabem que a série retomou o passo que estava sendo dado nos dois primeiros anos e, para isso, foi preciso revisitar as origens e as motivações do arqueiro.

No verdadeiro clima de destruir para reconstruir do zero, Arrow inicia uma nova jornada. Tomara que ela seja tão boa quanto as primeiras.

Nota: 5/6 (Muito Bom)

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