Coletando Epifanias

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Munido de emoções, deixava os pensamentos fluírem pelo papel. A ponta da caneta percorria a folha em branco, preenchendo-a com caligrafia miúda e traço fino. Momentos intensos, catarses avassaladoras. Expurgava seus sentimentos com frases incompletas, palavras sem sentido, soltas pelo caderno. Um turbilhão de sensações vivia dentro dele. Um vulcão prestes a explodir, espalhando lava e cinzas, deturpando a calmaria daquela pequena cidade. Tinha seus instantes de epifania, sentava, escrevia. O quinto elemento acendendo a chama da sua labuta literária. De espírito livre, vagando livremente pelas suas composições, quintessência reinando sobre suas palavras.