Diário de um perdido

O Prólogo:

Confesso que tenho uma grande dificuldade de fazer coisas que eu não enxergo sentido ou não me enxergo nelas, então todas as vezes que recebo um trabalho, gasto metade do tempo pensando em como fazê-lo.

Penso no que fazer, em como ser criativo e como ser verdadeiro com o trabalho. Obviamente, como tudo na vida, nem sempre funciona completamente, mas fazer é sempre a parte mais importante… até por ser a entrega que garante a nota.

Com este trabalho não foi diferente, passei muito pensando no que fazer… até que a luz me veio…

Das inspirações:

Em meio a minha preocupação, tentei relaxar um pouco ouvindo podcasts e mergulhando no meu bom e velho passatempo de ouvir rádio. Até que em uma noite escutando a lendária Rádio Atlântida FM, do Rio de Janeiro, e sua incrível playlist de músicas que tiveram seus auges quando eu nem ao menos existia no mundo tive uma luz: fazer um podcast.

A minha vida toda eu ouvi mais rádio do que vi TV. No meu tempo livre estou sempre escutando rádio, meus ouvidos e o ambiente nunca estão vazios de som ou vozes e sou apaixonado por conversas a dois onde posso ouvir o outro falar.

A vida toda fui apaixonado pela comédia e também sempre tive a mania de andar pela casa falando sozinho. Resolvi então criar um diário sonoro, para registrar meus pensamentos. No pior dos casos eu ao menos terei para sempre o registro destes pensamentos e piadas que sempre acabo perdendo por não registrar e por estar sozinho sempre que os digo.

Da criação e das (inúmeras)dificuldades:

Logicamente sem a experiência, dinheiro e talento eu estava largado no meu quarto com meu computador, meu microfone vagabundo e eu. Devo dizer que de todos os objetos citados em cena, o mais prejudicado era o “Eu”. Parte de mim estava tomado pela timidez, inclusive falo baixo em alguns momentos por isso, e a outra parte havia sido destruída pela Covid, uma tendinite e a dor de garganta. Mas no fim, como uma piada ruim de “Pavê ou Pacumê?”, o podcast foi gravado e editado, apesar das várias tentativas do universo de me impedir.

Por: Rodrigo Uchoa Cruz

Estudante de psicologia sem sanidade mental, escritor fracassado e comediante sem graça.

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rodrigo.uchoa@alu.ufc.br