Como é fazer parte do chapter de UX da Centauro?
Um pouco sobre meu primeiro ano de trabalho como Product Designer
Quando cheguei na Centauro me senti muito bem recebida, todos com quem eu falava estavam nitidamente felizes com as novas contratações da área de UX. Participei do onboarding geral da empresa e também do onboarding específico do time de UX, que foi incrível! A Vanessa dos Anjos conta todos os detalhes sobre nosso onboarding aqui.
Nas primeiras semanas conheci os PMs das squads em que iria atuar e um pouco sobre o escopo de cada uma. Além disso, como time de UX fomos entender melhor o ecossistema da Centauro visitando as lojas e os centros de distribuição.
Como chapter passamos por muitos desafios, dos mais básicos, como dificuldade de budget para ferramentas, aos mais complexos como dificuldade de alinhar o que buscávamos como time e quais eram nossas prioridades. Além disso, inicialmente tínhamos muitos rituais que ocupavam parte considerável da agenda. Era difícil conciliar com os rituais e entregas das squads, mas muito necessário naquele momento pra construir nossa relação de time e dar suporte aos designers menos experientes ou que estavam migrando, como foi meu caso. Individualmente tive alguns desafios especiais, como fazer parte de duas squads e me envolver também em um projeto de dados interno da companhia.
Sabíamos que o excesso de rituais era uma questão e com o tempo fomos ajustando a periodicidade e buscando formas mais enxutas. Como exemplo já tivemos vários formatos de reunião de chapter e alguns ajustes na retro, estamos sempre procurando ajustar os rituais às nossas necessidades como time. Para suprir alguns lacunas de conhecimento começamos também a puxar iniciativas internas de disseminação de conteúdo e trouxemos alguns convidados em eventos abertos para toda a área de tecnologia com temas como Employee Experience e Acessibilidade.
Olhando para questões individuais, na época eu conversava constantemente com meus líderes sobre as dificuldades de atuar como UX/UI para duas squads e juntos buscamos formas de como poderíamos fazer funcionar, mas de fato percebemos que o ideal seria focar em um squad. Acredito que como product designers precisamos nos aprofundar sobre o negócio e em assuntos relacionados à estratégia das squads, e estando em apenas um squad o mergulho pode ser muito mais profundo.
Além das iniciativas internas de disseminação de conteúdo que citei, temos trazido também algumas referencias de mercado em temas que são de interesse do time como JTBD e métricas. Outro tema que está sempre em pauta é documentação: Já temos alguns templates para auxiliar os product designers em pesquisa, mas não temos um padrão de documentação dos projetos, então é um exercício constante para mim pensar em qual é a forma mais consumível de registrar as informações. Já documentei de muitas formas diferentes e por enquanto não cheguei a um padrão ideal. No momento estou testando adaptar minhas documentações para usar a mesma ferramenta adotada pela squad, por que me parece fazer mais sentido deixar todas as informações centralizadas (mesmo que só de pensar em abandonar o Notion me dê uma dor no coração).
Algo que tem sido muito diferente de toda minha experiência profissional de forma extremamente positiva é a cultura de feedback, que é bem forte no time de UX. Os one-on-ones e feedbacks me ajudaram a ter clareza sobre meus pontos fortes, os pontos em que tinha oportunidade de melhorar e também sobre o crescimento que já tive em um ano na Centauro. Fui incentivada pelos meus líderes a aprender mais sobre produtos e desenvolvimento, já que meu background é de design gráfico; A me aprofundar em assuntos estratégicos para a squad; E também a compartilhar mais meu trabalho com o chapter; Acho que esses pontos, unidos à minha vontade de aprender mais sobre dados e desenvolver uma capacidade analítica tem sido fundamentais para minha evolução como Product Designer.
Também é nítido para mim como minha produtividade e desenvolvimento deslancharam desde que estou focada em uma squad. Agora estou conectada com o time, consigo contribuir de forma mais efetiva e minhas entregas tem mais qualidade.
No dia-a-dia o suporte da área de Design Ops é muito importante e ajuda os designers que estão alocados em squads, como eu, com processos para executar e analisar pesquisas e dados, direcionamentos na criação de novos elementos de interface, padronização de textos e tom voz e insumos dos clientes vindos dos canais de atendimento. Essa área está sempre colhendo dados sobre a operação de design para entender nossos principais pontos de dor e atuar de forma efetiva, o Luiz Arthur Nascimento conta mais detalhes sobre a área aqui.
Desde que entrei na Centauro já passamos por muitas mudanças, o que também é bem diferente das minhas experiências anteriores em que tudo era mais sólido, mais engessado. Estou gostando muito da experiência de trabalhar em um ambiente dinâmico, mas também exige bastante energia. E agora estamos passando por mais uma mudança: a reestruturação de toda a área de tecnologia e das squads com várias contratações, o que acredito que será muito valioso para o crescimento de todos nós.
Escrevi este texto por que acredito que a migração de carreira é algo que pode gerar muito medo e insegurança, comigo foi assim. Mas quando a gente tem apoio tudo fica tudo mais fácil. Espero inspirar outros times a proporcionarem uma experiência de migração tão maravilhosa e suave (dentro do possível) como foi a minha. ♡
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