O Poder dos DEO’s — Misturando Design com Negócios

O que exatamente é o DEO?

O DEO, ou Design Executive Officer (Diretor de Design Executivo, em tradução livre), é um híbrido. Parte executivo de negócios estratégico e parte criativo solucionador de problemas, o DEO é um catalisador para a transformação e um agente da mudança cultural empresarial. Com esta perspectiva e essas habilidades, o DEO olha para os problemas de negócios como problemas de design, que podem ser resolvidos através da combinação certa de imaginação e análise de métricas.

Maria Giudice fundadora da Hot Studio, uma empresa de design de experiência, recentemente comprada pelo Facebook, um dia, um amigo virou para ela e disse: “Sabe o que você é? Você é uma DEO”. A partir desse momento, atingir esse nível profissional, passou a ser a próxima meta de Maria, ela acredita que vai aumentar suas habilidades de liderança e inspirar outras pessoas a seguir o mesmo caminho, atualmente ela está lançando um livro chamado “The Rise of the DEO” tentando iniciar um movimento para tornar o DEO o novo CEO. É um papel que ela acredita que engloba os líderes com características necessarias para criar uma grande mudança no mundo e construir produtos tecnologicos com foco no lado humano.

O que diferencia um DEO em relação ao homem de negócios?

Maria Giudice defende que um DEO possui pelo menos 6 qualidades, que o levam a ser um lider através do design.

A primeira é ser o disruptor, alguém que está perturbando o status quo, que está buscando um novo território, não está aceitando a norma, mas está quebrando e descobrindo novos paradigmas de trabalho.

Outra é ser um pensador de sistemas, alguém que não está pensando sobre como resolver problemas de forma linear, um de cada vez. Alguém que está olhando para todo o sistema e procura entender como fazer grande grandes mudanças de sistema, ao invés de um passo de cada vez.

A terceira característica é ser centrado nas pessoas. É uma característica muito importante. DEO’s tem uma profunda empatia, para com as pessoas. Eles estão focados em pessoas e suas necessidades. Quando vemos DEO’s, não estamos falando apenas de compreensão e ter empatia para seus clientes. Eles têm empatia pelos funcionários também. Devem perceber que há uma linha muito tênue entre um funcionário e o cliente.

A quarta é ser impulsionado pela intuição e curiosidade. Os DEO’s se sentem muito confortáveis com a ambiguidade e eles sentem que podem passar de criatividade para métricas. Eles vão e voltam. Muitos CEO's apenas tomam decisões por números. DEO's assumem riscos. E essa é a quinta qualidade: Assumir riscos. Eles assumem um riscos com base em sua intuição.

A última é o que segundo Maria Giudice chama GSD: Get Sh*t Done. DEO’s são muito orientados para resultados. Não é apenas sobre ter uma hipótese, fazer uma idéia em uma apresetação de PowerPoint. Ele está estudando, testando e tentando colocar essa hipótese pra fora e conseguir que algo seja feito.

Segundo Richard Grefé, diretor-executivo da AIGA, A Associação Profissional de Design. As empresas e os governos a cada dia decobrem mais sobre o poder de uma mente criativa para efetuar as mudanças necessárias e produzir valor. Especialistas observam que os CEOs que possuem uma sensibilidade em design — ou de confiar nos outros que fazem — são os mais adequados para prosperar em um mundo em mudança. Para Richard, os autores Maria Giudice e Christopher Ireland escreveram uma obra incrível que irá transformar o papel do designer e do ritmo da inovação. Este livro é uma obrigação a todos os homens de negócios e designers que se interessam pelo setor de empreendedorismo.

O livro de Giudice, Rise of the DEO, Leadership By Design, em co-autoria com Christopher Ireland, pode ser comprado aqui. Você também pode acompanhar a página do Facebook para atualizações sobre o livro e movimento.