Seja Freela #30 — O Super Designer (Parte 1)

Filipe Fernandes
Choco la Design
Published in
3 min readSep 12, 2012

Seja como designer freelancer, contratado ou estagiário, quantas e quantas vezes não passamos por situações onde exigem que sejamos profissionais cada vez mais completos, com 1001 utilidades, né!? Pois bem, depois de tantos Seja Freela hoje eu vou tentar abordar os dois lados dessa história toda, os prós e contras de cada um.

Semana passada eu estava passeando pelo Facebook quando me deparei com este vídeo abaixo e por isso estou escrevendo pra você. Assista e o post fará mais sentido. ;)

Agora que você já entendeu a dinâmica do post e deu umas risadas com o vídeo, vamos ao que interessa, vou comentar um pouco sobre cada um dos perfis de designer.

O Super Estagiário

Acho que essa é a fase que a gente mais sofre no início da carreira como designer. Se experiência para começar a trabalhar e sem trabalho para ganhar experiência. Complicado. Quer dizer, pelo menos no meu tempo de estagiário era assim, e olha que nem faz taaanto tempo assim. Mas hoje acontece exatamente como mostra o vídeo: exigem inúmeras habilidades sendo que você sequer tem experiência. Confesso que eu nunca soube lidar bem com essa situação, mas de duas uma: ou você dá uma de doido e topa mesmo sem saber tudo e se mata pra aprender de tudo um pouco ou simplesmente pontua o que você sabe exatamente na entrevista e corre o risco de não ser contratado.

O que fazer? Estudar! Uma coisa que sempre me incomodou nas pessoas, principalmente quando vou desenvolver um projeto em grupo, é a mediocridade. Hoje o que mais tem por aí é fonte de pesquisa, a internet está transbordando conhecimento. Sei que ninguém tem obrigação de ser um super homem e saber tudo na sua área, mas pelo menos estar informado sobre o que rola no mercado e nas áreas de atuação é o mínimo.

O Super Funcionário

Aqui varia um pouco. Em empresas mais sérias costumam querer algo bem específico, então não dão muitos rodeios, eles tem a lista de pré-requisitos da vaga bem definida e se você não estiver nos padrões não é contratado. No entanto, tem empresas sem noção que fazem como no vídeo e exigem um milhão de conhecimentos, muitas vezes desnecessários.

O que fazer? Bom, em primeiro lugar avalie a empresa a que você está se candidatando, se é séria, se tem clientes interessantes de se trabalhar, se o ambiente é amigável, se ela faz bons trabalhos num geral, etc. Depois avalie o salário proposto por eles, se não foi proposto nada, veja o que eles estão exigindo de conhecimento e faça uma comparação com sua bagagem e potencial e quando forem tocar no assunto diga qual sua pretensão salarial. Quando se está nessa fase, você sabe bem se você é Jr, Pleno ou Sênior e qual base salarial de cada uma das categorias, se não sabe ainda, pesquise. Se for um número muito grande de funções ou for uma função muito específica e o valor do salário não for compatível sugiro que não pegue essa vaga. Não sou especialista em direito do trabalho, mas acúmulo de funções não é uma prática legal e você pode ser prejudicado. O ideal é combinar um valor compatível com as funções e jornada de trabalho.

Por enquanto é isso. No próximo post vamos falar sobre o Super Designer Freelancer e um breve comentário de como está o mercado na hora das agências selecionarem seus profissionais.
Até a próxima e boa sorte pra quem está em uma das situações acima! :P

Originally published at Choco la Design.

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Filipe Fernandes
Choco la Design

Dad. Husband. Designer. Developer. Founder and Editor at @chocoladesign.