Crítica | Alfa

Chupeta de Pipoca
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2 min readSep 6, 2018

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Premissa promete entreter, mas trama não prende o público

Por: Raphaella Torres

O início do relacionamento entre o ser humano e o cão é a principal premissa de Alfa, filme dirigido pelo norte-americano Albert Hughes. Porém, por mais que o argumento chame atenção, o longa pode não agradar pela narrativa clichê e direção preguiçosa.

Alfa envolve uma trama que se passa há 20 mil anos na região que seria hoje a atual Europa. Em resumo, o longa tem como protagonista Keda (Kodi Smit-McPhee), um jovem aspirante a chefe da tribo do pai, Tau (Jóhannes Haukur Jóhannesson). Durante uma caçada, Keda sofre um grave acidente e é dado como morto, a partir daí começa a aventura do personagem para tentar sobreviver enquanto busca encontrar o caminho de volta para a tribo ao lado do lobo no qual ele deu o nome de Alfa.

Mesmo que possa empolgar pelo objetivo primário de apresentar a história do cão com o Homem, desde o início o filme não consegue entregar uma história forte. E um dos principais fatores é a atuação. Todos os atores parecem um pouco distantes em cena. Não existe uma cooperação entre eles que faça com que o público se identifique ou mesmo que sinta uma ligação de um personagem com o outro.

Outro ponto fraco é o modo como a narrativa foi criada. Seguindo uma linearidade, o longa se firma em uma trajetória fácil, sem grandes surpresas ou inovações para o público. O que leva a pensar na falta de uma condução melhor por parte do diretor ou mesmo preguiça para entregar um produto mais envolvente.

As falas do roteiro também não ajudam a melhorar o filme. Buscando dramatizar a história, o longa pouco entrega de consistente e com a péssima atuação dos atores isso só se complica.

Portanto, por mais que busque ser um filme interessante e com intensa ação, Alfa pode não cativar devido a falta de metodologia para empolgar o público.

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