(Ilustração: 20th Century Fox/Ringer)

Crítica | O Predador

Chupeta de Pipoca
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2 min readSep 13, 2018

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Filme surpreende pelo humor e garante ser um bom entretenimento

Por: Raphaella Torres

Caçador nato e aparência nada amigável, essas são as principais características de Predador, um dos alienígenas mais temíveis de Hollywood. Porém, por mais que o monstro venha de uma saga com teor mais sério cheio de ação, O Predador, novo filme da franquia, surpreende pelo excesso de humor.

O longa é dirigido por Shane Black, mesmo nome responsável por dar vida ao personagem Richard Hawkins no primeiro filme lançado em 1987 e também um dos diretores de blockbuster mais respeitados no nicho em que trabalha.

O filme traz uma nova atmosfera para o universo do vilão. Recheado de cenas de ação e fiel aos dois primeiros filmes da franquia, Predador 1 e 2, o longa conta a história de Quinn McKenna (Boyd Holbrook) que durante uma missão para o exército norte-americano vê a nave do Predador cair e tem um primeiro encontro com o ele, a partir daí a história se desenrola entre perseguições, lutas e muito sangue.

Um dos pontos fortes do filme está no roteiro mesmo que com algumas falhas. Escrito por Black e Fred Dekker, a narrativa chama atenção por buscar evoluir a história da trama original e dar mais elementos possíveis de discussão para futuros filmes — tirando aqui, a cena final do longa que é definitivamente desastrosa. Além disso, a exposição da comédia junto aos personagens carismáticos, principal característica dos filmes do diretor, dão outro toque diferente para a franquia.

Entre os recursos técnicos, os efeitos de som são outro ponto positivo. Longe de incomodar, como vários outros filmes do gênero, o som se encaixa perfeitamente e não chega a exagerar nos efeitos.

Porém, o filme também tem um lado negativo. Para quem está atrás do tom mais sério dos filmes anteriores, o longa pode não agradar. O personagem principal, que dá nome ao filme, quase não aparece e nas cenas em que se destaca, não existe qualquer suspense que lembre a atmosfera criada para o personagem nos outros filmes.

Ou seja, em vez de seguir o tom original da história do Predador, o diretor optou por criar um filme que vai de acordo com os novos padrões hollywoodianos para blockbuster. Isto é, com uma trama mais leve como em Thor: Ragnarok, por exemplo. Mas, apesar disso, o filme é um ótimo entretenimento e pode agradar o novo público.

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