Para quem não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve. Mas você não quer qualquer caminho né? Quer o seu caminho.

Converter : marca x resultados

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Já falamos em convergir, para conseguir direcionar esforços para construir sua marca. Já falamos em conectar, para conhecer e criar conexões com sua audiência. E falamos em conversar, para construir sua mensagem e a lembrança da marca na memória do consumidor. Mas tudo isso tem um objetivo — converter vendas e crescer como negócio.

Para poder entender se seus esforços estão realmente te trazendo vendas e crescimento, é preciso determinar o que significa sucesso para seu negócio.

A medida do sucesso não precisa ser — bom, não é — igual para todo mundo. Um faturamento mensal de R$ 5.000 pode ser ótimo para quem investiu R$ 1.000 no negócio, mas é um desastre para quem investiu R$ 10.000,00. Mas antes de falarmos de números e metas, todas essas coisas importantes mas que soam como papo de consultor, vamos a uma primeira pergunta muito importante:

O que significa sucesso para você?

Claro que o dinheiro que seu negócio vai trazer é importante. Mas ele só significa sucesso se te ajudar a viver a vida que você quer. Então, como é esta vida? Pergunta que só você pode responder.

Ser empreendedor, não significa ter independência, mas liberdade. Você irá depender de clientes, fornecedores e terá obrigações e responsabilidades, como em qualquer emprego. Mas vai ter a liberdade para escolher quem serão seus clientes, quem serão seus fornecedores e como você vai se relacionar com eles.

E com liberdade vem grandes poderes.
(sim, sei que não foi exatamente isso que Ben Parker disse :p)

Ter a liberdade de definir o que significa o próprio sucesso ao invés de perseguir coisas e status definidos pela sociedade, é um poder e tanto. E com grandes poderes vem grandes responsabilidades (sim, agora chegamos na *famosa* frase do Tio Ben). Só você pode saber o que é sucesso na sua vida. Só você pode escolher o que vai fazer para atingir este sucesso. A responsabilidade pela sua vida é totalmente sua. Pare de culpar a crise, o chefe, a internet, os alienígenas invasores de marte… Você não pode determinar as circunstâncias, mas pode escolher como lidar com elas. Pode escolher que caminho vai tomar para chegar onde deseja.

Pronto. Agora que cobrirmos este ponto importante podemos seguir em frente.

Onde você está?

Para determinar onde você quer chegar, primeiro é preciso entender onde você está. Você consegue fazer um retrato do seu negócio agora? Quais os custos dele? E qual o faturamento? De onde vem suas principais vendas? Você tem parceiros relevantes hoje? Sua presença online está de acordo com sua audiência e mensagem?

E onde você está em relação a sua concorrência? Você não precisa imitar o que sua concorrência faz, mas precisa entender se o seu negócio é capaz de fazer frente a eles.

Este retrato é construído pela sua percepção e experiência, mas também precisa de números. É importante que você entenda e use ferramentas como o Google Analytics (gratuito), para medir a audiência no seu site por exemplo. Observe e monitore os seus números nas redes sociais. Registre quais os principais processos do seu negócio, como funcionam e que resultados geram. E, claro, registre e controle suas vendas e faturamento.

Se você é como eu, vai pensar que essa coisa toda de números é chato pacas. É, eu sei… Mas é necessário para ter uma visão mais precisa do seu negócio.

Mas como estamos falando em crescer através da construção de uma marca forte, o quantitativo precisa estar lado a lado com o qualitativo. Para mim “conversão” significa encontrar um balanço entre o lado legal de construir confiança e conexão com a minha audiência e o lado metódico de analisar os números.

Para onde quer ir?

Agora que você tem um retrato de onde está agora, onde você quer chegar? Aqui você pode determinar objetivos intangíveis e metas tangíveis.

Os objetivos intangíveis são seus sonhos e ambições para seu negócio e sua marca. É o que imaginamos que podemos fazer, que podemos ser. Também são uma bússola para você se orientar pelos números, métricas e táticas de marketing. Na busca por mais vendas, mais seguidores, mais faturamento é fácil se perder e derrapar em todo o esforço de construir uma marca. Os objetivos intangíveis te ajudam a manter o barco na direção certa e devem se relacionar com a estratégia que você descreveu para sua marca.

Mas claro, você também vai precisar tangibilizar este lugar onde você deseja chegar. E para isso são as metas tangíveis. Aquelas que podem ser medidas em números e dados. Estas metas devem se relacionar com a audiência e mensagem da sua marca. Se você deseja que sua audiência lembre de você como um negócio ágil e atencioso, reduzir o tempo de resposta ao cliente pode ser uma meta tangível.

Enquanto os objetivos intangíveis vão te ajudar a manter sua direção, as metas tangíveis vão apontar o que é preciso fazer no dia-a-dia para que o barco não afunde. Se você deseja reduzir seu tempo de resposta ao cliente, precisa entender e modificar o seu processo de atendimento.

O que nos leva à próxima pergunta:

Como vai chegar?

Para saber como chegar onde você quer, você vai precisar preencher o buraco entre onde você está e onde deseja ir. Ok, isso é óbvio. Mas muitas vezes passamos muito tempo pensando em onde queremos estar no futuro e não prestamos atenção onde estamos no presente. E para pode traçar um caminho, estas duas coisas são muito importantes.

O “como” diz respeito às ações que você vai tomar a cada dia para atingir suas metas tangíveis e seguir em direção à seus objetivos intangíveis. Para cada meta que você determinou, liste ações e prazos que vão te ajudar a cumpri-la.

Metas podem ser intimidadoras. Então, quebre suas metas em diversas ações factíveis. Por exemplo, se sua meta for escrever um livro, você determina ações e prazos para escrever os capítulos, as páginas ou até mesmo os parágrafos.

O importante é que você consiga cumprir as ações que planejou, se mantendo sempre em movimento. Se escrever uma página inteira parecer muito assustador, escreve um parágrafo a cada dia. Não importa o quão devagar você esteja se movendo, sempre estará indo mais rápido que o pessoal que fica só planejando, sonhando e criticando.

O que vai fazer depois?

Caramba, ainda nem cheguei e já é pra pensar o que vou fazer depois? Pois é. É que esta coisa de observar, planejar e agir precisa ser cíclica.

Como você estará sempre em movimento, o retrato do seu momento presente estará sempre mudando. E junto com ele, as suas metas e ações deverão ser ajustadas. Enxergue a longo prazo, mas planeje para intervalos menores.

Em última instância, seus objetivos intangíveis são seu longo prazo e suas metas e ações devem ser a curto prazo. Inclua no seu planejamento, o tempo para avaliar os resultados das suas ações. E depois entenda estes resultados significam para seus objetivos de longo prazo. Acerte o curso quando necessário ou içe as velas se tudo estiver de vento em popa.

O presente é sempre o seu ponto de partida. Seja lá qual for ele, valorize-o. Entenda o que te fez chegar até este momento. Faça um esforço consciente para aprender lições dos erros e celebrar os acertos. Seu próximo passo será mais acertado se você fizer isso. E mantenha-se sempre neste movimento cíclico.

Agora, coloque tudo isso no papel.

Registre seu presente, projete seu futuro e planeje suas metas e ações. Faça isso quantas vezes quiser e vá guardando seus documentos para ter um histórico do seu progresso.

Então vamos lá? Gerônimooooooooo.

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Dani Lima é profissional independente, especialista em marcas e colaboradora na Abacomm. E achou essa história de “bater palmas” do Medium meio brega.

Este texto faz parte das “Cartas Criativas para Otimistas Incuráveis”.
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Dani Lima | Product Designer and Brand Designer
Chá com Design

Designer apaixonada por entender problemas complexos e criar soluções digitais simples, úteis e agradáveis | www.danilima.com.br