A sociedade do espetáculo contextualizada com o consumo nas redes digitais

Renata Macedo
cibus
Published in
2 min readMay 16, 2017

As redes sociais têm se tornado uma sociedade do espetáculo, que te faz consumir o que não é de tanta importância, acaba mudando a cultura e transformando a vida social de uma sociedade.

As publicidades estão em todos os lugares de qualquer página que você acesse. Basta uma busca de preços de um produto desejado, que a inteligência artificial das redes coloca o mesmo produto em todo o seu acesso.

A sociedade de espetáculo deixa claro que as relações sociais e as relações de produção e consumo de mercadorias estão interligadas, e com as novas tecnologias essas relações se complexificaram ainda mais. Eles visam que a sociedade consuma signos de poder, de status. Mas ao mesmo tempo, percebem que os consumidores de hoje precisam muito mais do que propagandas bem elaboradas.

De certa forma, eles entendem que os consumidores digitais são mais exigentes, no qual pesquisam características, comentários, preços e condições melhores, pois os produtos vendidos na internet são mais baratos do que em uma loja física, e a pesquisa infinita sem um vendedor do lado te traz um conforto maior. Com isso, o papel do consumidor está ligado a uma sociedade que interage umas com as outras para ajudar qual produto adquirir, tutoriais, avaliações de produtos, experiências de quem já possui.

Reprodução: Google

Com esse novo processo, o marketing das empresas teve que readaptar seu modo de agir para atender as expectativas dos clientes e passaram a comprar serviços de youtubers, por exemplo, quem curte o canal passa a ver a marca vinculada com o nome da youtuber. Além disso, os mesmos são pagos para explorarem as formas positivas do produto. Com isso, as marcas dão de graça os produtos em troca da divulgação do produto. A alienação de forma indireta tem surtido muito efeito, visto que as pessoas passam a comprar não apenas pela qualidade, mas pela avaliação de uma pessoa que possui admiração e, ao mesmo tempo, do status em ter igual.

Como podemos ver, o processo de alienação nas redes sociais é mais intenso, ficamos reféns de propagandas nas nossas telas a qualquer momento. E mesmo diante de consumidores mais exigentes, as publicidades contornam a situação para simplesmente o outro consumir, não apenas aquilo que é necessário, mas signos.

--

--