Cuidado com o que você ouve…

Filipe Fernandes
cibus
Published in
2 min readMay 23, 2017
Imagem: reprodução do filme Guerra dos Mundos

1938. A emissora de rádio CBS transmite uma dramatização do livro A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells. Durante aproximadamente uma hora, a rádio produziu uma simulação de uma cobertura jornalística de uma invasão alienígena à cidade de Nova Jersey, com direito a entrevistas com “especialistas” interpretados por atores. A transmissão foi responsável por gerar uma histeria coletiva na cidade de Nova Iorque que entrou em desespero por medo dos gases tóxicos liberados pelos marcianos.

1994. Os proprietários e funcionários de uma escola em São Paulo são acusados pela imprensa de abusar sexualmente dos alunos. A escola teve que ser fechada e a casa dos donos foi depredada. Posteriormente, a história foi desmentida. Os acusados sofrem até hoje com depressão e síndrome do pânico.

2014. Boatos em uma rede social indicam que uma dona de casa de Guarujá, SP sequestrava crianças para realizar rituais de magia negra. Ela é espancada pelos moradores da região e morre dois dias depois.

Esse fenômeno pode receber alguns nome, como fake news, pós-verdade, hoax, ou simplesmente, fofoca. Eles podem ocorrer de diversas maneiras: uma notícia mal-apurada, uma mentira que queira denegrir alguém, ou até mesmo divertido, como no caso de sites como o Sensacionalista e o Joselito Müller que produzem “notícias” falsas, mas assumem que são sites de humor.

Para ajudar a diminuir os efeitos negativos desse problema, existem agências especializadas em fact-checking, que apura a veracidade dos dados disponíveis na Internet. Exemplos dessas agências são a Agência Lupa e o site E-farsas.

De qualquer forma, não podemos acreditar em tudo que se ouve por aí. É preciso sempre investir na investigação e apuração das informações que circulam por aí — principalmente as que circulam pela Internet — porque elas podem acabar com a reputação de alguém ou até mesmo terminar com uma vida. Pesquisar nunca é demais…

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