Na era digital, quem não quer ter seu canal?

Renata Macedo
cibus
Published in
3 min readJun 5, 2017

O Youtube trouxe a possibilidade de criar seu próprio conteúdo nas redes e ao mesmo tempo seguir os canais de quem você quer acompanhar. O site permite aos usuários fazer o upload, visualizar, avaliar, compartilhar, adicionar aos favoritos, informar e comentar em vídeos, se inscrever para outros usuários. Toda essa interatividade faz com que o site seja bombardeado de conteúdo de todos os gêneros. Usuários não registrados só podem assistir a vídeos no site, enquanto os usuários registrados podem carregar um número ilimitado de vídeos e adicionar comentários. Os vídeos considerados potencialmente ofensivos estão disponíveis apenas para usuários registrados, afirmando que têm pelo menos 18 anos de idade.

Segundo o site El País, “Para o diretor de conteúdo do YouTube Brasil, Alvaro Paes de Barros, o sucesso dos canais brasileiros se deve aos espectadores brasileiros, que são engajados em plataformas sociais. Barros também ressalta que os próprios telespectadores de TV já procuram novas opções. “Hoje, o telespectador tem uma posição muito diferente daquele telespectador de alguns anos atrás, muito mais proativa. Ele não se contenta em ficar sentado no sofá assistindo a alguma coisa. Ele quer participar, saber mais, opinar, dizer se gostou ou não do conteúdo”, explica.”

Além disso, as empresas correm atrás do prejuízo para terem seus canais ou vincularem seus produtos a youtubers ou até mesmo a publicidade antes de iniciar os vídeos do site. O YouTube gera receita de publicidade do Google AdSense, um programa que visa anúncios de acordo com o conteúdo do site e o público. A grande maioria dos seus vídeos são gratuitos, mas há exceções, incluindo canais premium com assinatura, aluguel de filmes, bem como o YouTube Red, um serviço de assinatura que oferece acesso sem anúncios ao site e acesso a conteúdo exclusivo feito em Parceria com usuários existentes. A partir de fevereiro de 2017, há mais de 400 horas de conteúdo carregado para o YouTube a cada minuto, e um bilhão de horas de conteúdo é assistido no YouTube todos os dias. A partir de abril de 2017, o site é classificado como o segundo site mais popular do mundo pela Alexa Internet, uma empresa de análise de tráfego na web.

Reprodução: Google

O site El País fala também que “Alguns acreditam que essa é uma moda passageira, mas na opinião do doutor em comunicação Dado Scneider é uma tendência irreversível de um canal de comunicação que já disputa com a TV a audiência do público. “É um novo canal que veio para ficar, é o concorrente direto da televisão para jovens abaixo dos 20 anos. Alguns adolescentes não sabem o que é novela das 8, Jornal Nacional, horário nobre”, explica. Para o especialista, é um novo meio que se instalou na geração mais nova, mas que já tem conquistado os mais velhos também. “Os canais de YouTube estão para a TV, como os shoppings estão para o comércio do centro da cidade. Deslocou-se o público”, explica.

Acontece, que com essas viralizações de conteúdos que são expostos no YouTube faz com que cada vez mais pessoas se introduzam no mercado audiovisual digital. Tanto pelo retorno do público quanto do retorno financeiro a cada número de views. A interação e o poder em ser uma pessoa famosa diante dos demais tem enchido os olhos dos jovens, além disso o dinheiro como um retorno dos vídeos também pesa diante das escolhas deles.

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