O Desafio de publicar notícias na internet

João Pedro Silva
cibus
Published in
3 min readMay 23, 2017

Devido às novas tecnologias e o imediatismo das informações, as notícias aparecem a todo o momento e a partir desse fato nascem as notícias fakes, ou como é popularmente chamada “Fake News”, onde se é publicado uma informação que não é verdade. O canal que mais se publica Fakes News é na maior rede social do mundo, o Facebook. Nele todo tipo de notícia é vinculada e a grande maioria dos usuários acaba acreditando sem nem apurar e como estamos na era das informações disseminarem com muita facilidade, essas noticias falsas chegam até os usuários com muita rapidez.

As redes sociais estão revolucionando a comunicação, não só no contato interpessoal, mas também na relação entre veículos de mídia e público. Os leitores, antes receptores, passaram a participar ativamente da produção diária de jornais, emissoras de televisão, rádios e sites. O “jornalismo participativo” é a mais nova função que une um programa jornalístico a população, onde o povo que assiste ajuda o telejornal com pautas que presenciam no dia a dia. Mas dentro do jornalismo participativo, há também muitas notícias falsas ou mal contadas.

As notícias falsas tornaram-se o “ópio” na era digital. Imitam o estilo jornalístico, mas sem o menor compromisso com a realidade. Ao contrário. São criadas a partir de personagens conhecidos mas com suas falas distorcidas, ou inventadas, para confundir leitores, e amplificar sentimentos de rejeição ao alvo escolhido. Assim, as fake news têm colaborado para piorar a qualidade da política e das relações sociais mundo afora.

Desde que o mundo é mundo existe a criação de notícias falsas, mas o principal problema nesse caso é que muitas vezes as pessoas acreditam estar fazendo uma coisa boa. Estão passando adiante uma informação que vai ajudar ou proteger alguém. Ou gerar uma recompensa. Mas é justamente essa a intenção de quem constrói o boato. Ele é feito para parecer algo revoltante ou extremamente convidativo, de forma que o leitor compartilhe logo, sem reflexão, sem pensar se aquela informação faz mesmo sentido.

O professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Rafael Sampaio, especialista em comunicação política na internet, ressalta que a boataria e a fofoca sempre foram comuns entre a população em geral, mas foram turbinadas com as redes sociais. “As pessoas tendem a compartilhar links que dizem o que elas pensam ou o que gostariam de ver nos noticiários, sem checar, sem pelo menos jogar no Google para ver se acham mais de uma fonte, por exemplo. Tem uma questão patológica, acelerada pela internet: “as pessoas não checam as supostas informações que recebem”.

Estudo realizado pela agência Advice Comunicação Corporativa, por meio do aplicativo BonusQuest, em novembro do ano passado, indicou que 78% dos brasileiros se informam pelas redes sociais. Destes, 42% admitem já ter compartilhado notícias falsas e só 39% checam com frequência as notícias antes de publica-las. Essa pesquisa só mostra que nas redes sociais há muita gente mal intencionada. Devemos ficar atentos!!

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