O motivo das “Fake News”
Na era digital, as “Fake News” têm se tornado tão importante quanto a veracidade dos fatos. A fábrica de títulos sensacionalistas e inverdades que se disseminam nas redes sociais tem um único motivo: o número de cliques numa matéria é mais relevante do que a matéria propriamente dita.
A notícia falsa emprega frequentemente manchetes atraentes e notícias que o público gostaria de ler ou assistir. Nas redes sociais, como todos são produtores de conteúdo, estamos reféns de notícias falsas a todo momento, pelo simples fato da pessoa jogar o conteúdo nas redes, mas não apurá-las. Isto ocorre, porque as pessoas se sentem cada vez mais necessitadas a estarem ativas em suas redes sociais, compartilhando conteúdos que não são reais. Entretanto, estes casos têm gerado cada vez mais processos judiciais cibernéticos.
O Brasil enfrentou crescente influência de notícias falsas após a reeleição de 2014 à presidência Dilma Rousseff e o posterior impeachment de Rousseff em agosto de 2016. A BBC Brasil informou em abril de 2016 que, na semana que cercou um dos votos de impeachment, três dos cinco artigos no Facebook no Brasil eram falsos.
No caso das empresas de comunicação, a propagação de notícias ardilosas cresce devido aos lucros que estão retornando aos seus cofres. Semana passada, Noblat publicou em seu blog, “Temer decidiu renunciar” acompanhada de uma imagem do rosto de um presidente da República visivelmente abatido. Esses foram os elementos de destaque do post divulgado pelo jornalista Ricardo Noblat no blog que mantém no site de O Globo. O que levou Noblat a divulgar uma informação sem apuração e sem total certeza daquilo que estava dizendo? Obviamente os cliques que teriam como retorno, a matéria levou milhares de compartilhamentos nas redes, este motivo ocorreu porque era a notícia esperada por todos e aquilo que esperávamos ler e acreditar.
Sendo assim, o que podemos esperar de uma mídia que não se importa com a veracidade dos fatos? E de pessoas que postam qualquer conteúdo só para ser ativos nas redes? É por isso que o brasileiro é a pessoa mais alienada que existe, porque acredita em qualquer meio audiovisual que encontra pela frente.
