Youtube x TV
Sem dúvidas a televisão influenciou o comportamento, ditou moda e marcou décadas sendo o meio de comunicação com maior penetração mundial. Desde o lançamento da TV nos anos 20 e hoje, já se foram quase 100 anos de hegemonia da telinha. Houve quem disse que ela mataria o rádio, o jornal e as revistas. Nada disso aconteceu. Hoje, com a evolução tecnológica com suporte para smartphones conectados na chamada web 3.0 vemos um novo rumo para o audiovisual mundial com conteúdo personalizado para cada usuário. Será que a TV está com os dias contados?
Lançado em 2005 como uma rede social para compartilhamento de vídeos, não tínhamos a dimensão do protagonismo que o Youtube assumiria em pouco mais de 10 anos. Para se ter ideia, hoje o Youtube tem mais de um bilhão de usuários, quase um terço dos usuários da Internet e, a cada dia, as pessoas assistem a milhões de horas de vídeos na plataforma e geram bilhões de visualizações.
É baseado nesses bilhões de visualizações que o Youtube passa assumir as rédeas na produção e disseminação de conteúdo audiovisual, engajando usuários e oferecendo conteúdo personalizado para cada um. O Youtube denomina cada conta em sua plataforma como um canal, canal esse produzido de forma independente ou com ajuda da própria empresa através do YouTube Space, que auxilia os criadores de conteúdo por meio de programas e oficinas estratégicas administrados nas instalações de produção do YouTube Space em Los Angeles, Nova York, Londres, Tóquio, São Paulo e Berlim.
Voltando a pergunta que fiz lá em cima: diante deste panorama de crescimento exponencial da plataforma, será que a TV está com os dias contados? Se a tv vai acabar ou não, não temos como cravar, mas está claro que o Youtube faz frente à TV, segundo a CEO do YouTube, Susan Wojcicki, a plataforma lançada em 2005 alcança mais pessoas entre 18 e 49 anos do que qualquer emissora de televisão. E como se isso já não fosse o bastante, a Interpublic Group, uma das maiores agências de publicidade do mundo, planeja migrar seu investimento de US$ 250 milhões das tradicionais campanhas publicitárias de TV para o YouTube ao longo deste ano. Cabe agora ao Youtube o papel que outrora foi da TV, influenciar o comportamento, ditar a moda e marcar décadas.
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