CD Recomenda #3: Horton e o mundo dos Quem!

Grande ou pequeno? Depende do seu ponto de referência

Josiane Lopes
Ciência Descomplicada
3 min readSep 25, 2017

--

Há uma frase que é dita e repetida insistentemente na animação Horton e o Mundo dos Quem!

“Uma pessoa é uma pessoa, não importa o seu tamanho“.

Se pararmos pra pensar é uma frase bastante forte, pois se alega que independente do seu tamanho, toda criatura teria que ser tratada da mesma forma. Claro, isso se levarmos a frase ao pé da letra, que é o que realmente o filme faz.

O filme nos apresenta um conjunto de teorias bem peculiares. A história provém do livro homônimo, publicado em 1954, de Dr. Seuss (pseudônimo de Theodor Geisel, 1904–1991), um dos escritores infantis mais famosos dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, somente o segundo livro da série, “Horton Hatches the Egg”, foi lançado, tendo sido intitulado “Tonho Choca o Ovo”.

No filme, Horton é um elefante que, um dia, ouve um pedido de socorro vindo de uma partícula de poeira que flutua no ar. Surpreso, ele passa a desconfiar que possa existir vida dentro daquela partícula.

E existe mesmo!

Trata-se do Prefeito de Quemlândia, local habitado pelos “Quem”, seres que ignoram a existência de vida fora da cidade em que vivem. Mesmo com todos à sua volta acreditando que perdeu o juízo, Horton decide ajudar os moradores de Quemlândia.

É a mesma lógica do filme “Homens de Preto“ (alerta de Spoiler!!), no qual todos procuram pela galáxia no Cinturão de Órion como se ela fosse gigantesca, quando na verdade é minúscula, cabendo na coleira de um gato. No final, o filme ainda mostra um grupo de alienígenas jogando bola-de-gude com várias galáxias. Esse tipo de teoria serve pra mostrar que o conceito de “grande e pequeno” é absolutamente relativo, dependendo apenas do referencial comparativo que a análise se propõe.

Se compararmos nosso querido planeta Terra com o restante da Via Láctea (veja que nem estamos falando sobre o Universo todo….), veremos que somos infinitamente pequenos! Quase que insignificantes…. Agora, se invertermos a situação, e nos compararmos com uma colônia de fungos Penicillium (aquele verde!) que cresce em uma laranja podre, concluiremos que somos MUITO grandes…. Claro que os fungos não têm consciência de que existem, são pequenos e que existem seres gigantescos como nós (ou será que eles têm?!).

Outra frase de impacto do filme é:

“Só porque você não vê não significa que não exista…”

Que resume muito bem alguns preceitos da física, da química, da biologia, da astronomia…. Afinal, muitas dessas ciências teóricas têm seus pilares fundados em “coisas” que não podemos ver (pelo menos não a olho nu!).

Enfim, tirando toda a parte científica filosófica da coisa, ainda é uma boa animação para assistir com a galera e partilhar uma pipoca…. Ah, e pra facilitar a vida, tem disponível lá no Netflix!

Depois nos diga o que achou!

Confira todas as nossas recomendações neste link!

--

--