Best Indie Rock Albums of 2017 (sort of)

Davi Almeida
Cinema e Cerveja
Published in
7 min readDec 17, 2017

O final de 2017 se aproxima e com ele o encerramento do que foi um ano espetacular para a música. Eu não cheguei a fazer uma seleção de melhores álbuns para o ano passado, mas com tantos lançamentos espetaculares, resolvi tirar a poeira do meu Medium e preparar uma lista do que eu mais curti ouvir em 2017.

Como toda lista, ela é polêmica e altamente pessoal. Para começar pelo recorte do indie rock. A maior parte desta seleção é de indie, rock ou das duas coisas. Também há os casos que não se encaixam em nenhuma categoria, mas foda-se. Se é bom e eu curti, recebeu um lugar na lista. Então vamos a ela!

10- Empate: Cold War Kids — L.A. DIVINE e The National — Sleep Well Beast

Cold War Kids — L.A. DIVINE
The National — Sleep Well Beast

OK. Confesso que eu tive que dar uma roubada para encaixar uma décima primeira banda. Tive muita dificuldade em definir quem fechava a lista dos melhores álbuns do ano. Acabou que ficaram duas bandas que não poderiam ser mais diferentes.

Cold War Kids é do mesmo universo de Imagine Dragons com batidas bem marcadas e muita empolgação. Mas enquanto ID é uma banda de arena com refrões que almejam ser gigantes, Cold War Kids é para ser ouvida por uma platéia menor e mais animada. E o álbum “L.A. DIVINE” é mais um exemplo disso.

The National por sua vez, vem da escola do The Smiths. É introspectiva e intensa, ideal para uma noite no apartamento com cerveja e som no talo. “Sleep Well Beast” é o melhor álbum deles desde “Boxer” e intercala a tristeza comum às músicas da banda com a catarse em músicas mais animadas.

Faixas favoritas do Cold War Kids — L.A. DIVINE: “Love is Mystical”, “So Tied Up” e “No Reason to Run”.

Faixas favoritas do The National— Sleep Well Beast: “The System Only Dream in Total Darkness”, “Guilty Party” e “Day I Die”.

9- The Shins — Heartworms

Das dez bandas dessa lista, The Shins era a única que eu não conhecia e eu me apeguei automaticamente.

“Heartworms” é como todo álbum de indie rock deveria ser. Dançante, contagiante e pouco repetitivo.

É uma banda cujo trabalho merece ser acompanhado.

Faixas favoritas: “Half a Million”, “Name for You” e “Mildenhall”.

8- Phoenix — Ti Amo

Phoenix — Ti Amo (2017)

Composto por um Thomas Mars apaixonado e morrendo de saudade, “Ti Amo” é o mais próximo que já tivemos de “Wolfgang Amadeus Phoenix”.

É dançante e gostoso de ouvir. Doce como uma tarde de domingo na adolescência. Um sentimento que poucas bandas sabem realmente emular e que o Phoenix faz sem esforço.

Faixas favoritas: “Ti Amo”, “Goodbye Soleil” e “J-Boy”.

7- Arcade Fire — Everything Now

Arcade Fire — Everything Now (2017)

Todo álbum do Arcade Fire vai direto para o topo das paradas dos Estados Unidos. Talvez por discutir de forma explícita problemas do mundo que são mais evidentes no país.

Neste sentido, eles novamente criam um álbum amplo, reflexivo e de difícil aproximação, mas surpreendentemente dançante. Não é tão bom quanto o “The Suburbs” ou o “Funeral”, mas está no caminho certo.

Faixas favoritas: “Creature Comfort”, “Everything Now” e “We Don’t Deserve Love”.

6- Lorde — Melodrama

Lorde — Melodrama (2017)

Melodrama nos lembra o tempo todo que a Lorde é jovem. Festas, bebedeira, ressaca e corações partidos estão presentes em todas as faixas.

Por outro lado, ainda que o tema seja repetitivo, a produção é intensa, diversificada e animada. É um álbum indie pronto para ser remixado e caber em qualquer pista de dança.

Faixas favoritas: “Green Light”, “Perfect Places” e “Homemade Dynamite”.

5- Portugal. The Man — Woodstock

Portugal. The Man — Woodstock (2017)

O novo álbum do Portugal. The Man surpreendeu todo mundo. Chuto que deve ter surpreendido a própria banda porque os caras regravaram o álbum duas vezes e ainda chegaram a lançar uma camisa com a frase: “I was into Portugal. The Man before they sold out”.

Muito criativo, cada faixa é um universo em si, com estilo e produção próprias. A cereja do bolo é a “Feel It Still”, que pode ser considerada a música do ano.

Faixas favoritas: “Feel It Still”, “Live In The Moment” e “Rich Friends”.

4- Queens of the Stone Age — Villains

Queens of the Stone Age — Villains (2017)

Sendo fã de Josh Homme há muito tempo, é com bastante ansiedade que eu espero todo novo lançamento do QotSA e, mais uma vez, não me decepcionei.

Se afastando um pouco do Stoner Rock que marcou sua trajetória e da pegada mais pop de trabalhos recentes como “…Like Clockwork”, eles entregam um álbum climático e auto-confiante que melhora a cada replay.

Faixas favoritas: “The Way You Used to Do”, “Domesticated Animals” e “The Evil Has Landed”.

3- The XX — I See You

The XX — I See You (2017)

The XX foi a banda que mais me impressionou nesta lista. Não porque os caras não sejam bons, mas simplesmente porque eles sempre foram mais para o lado eletrônico do espectro indie, que é um lado que nunca foi a minha praia. Então foi com muita surpresa quando eu percebi que não parava de ouvir.

Com versos contagiantes e excelente trabalho vocal, é álbum para o qual eu vou retornar toda vez que quiser um descanso de guitarras.

Faixas favoritas: “Say Something Loving”, “On Hold” e “Lips”.

2- Kasabian — For Crying Out Loud

Kasabian — For Crying Out Loud (2017)

Mantendo a sua tradição de capas extremamente feias, Kasabian lança outro álbum divertido, dançante e pronto para festivais.

Competente em compor e produzir músicas mais próximas do indie rock que popularizou, como Arctic Monkeys, Snow Patrol e Kaiser Chiefs, o novo tem um pouco de cada coisa e agrada a qualquer fã do gênero.

Faixas favoritas: “Ill Ray (The King)”, “Good Fight” e “Bless This Acid House”.

1- Royal Blood — How Did We Get So Dark?

Royal Blood — How Did We Get So Dark (2017)

Em 2017, com seu segundo álbum, eles mantêm a porradaria de baixo e bateria que são sua característica principal, mas abrem espaço para outros instrumentos e sonoridades. Muito mais consistente, versátil e menos dependente da repetição de riffs e refrões, Royal Blood entrega um álbum mais ambicioso.

Merece ser ouvido repetidamente com uma cerveja na mão. E a boa notícia é que estarão no Lola 2018!

Faixas favoritas: “Why Did We Get So Dark?”, “Lights Out”, “I Only Live When I Love You” e “Hook, Line & Sinker”.

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Best of 2017 — Aperitivo

Para quem não quiser mergulhar tanto em um ou outro álbum, ao longo do ano, eu fui montando uma lista das melhores coisas que iam sendo lançadas.

Um novo álbum aparecia? Eu pinçava as duas ou três melhores músicas e colocava na lista. Um single novo de álbum que não saiu em 2017? Ia para lista. Um EP novo? Lista. Versão remixada irada? Lista.

Modéstia à parte, ficou excelente. Gostaria de dizer que foi mérito meu, mas não foi o caso. O ano foi simplesmente fora da curva.

Divirtam-se!

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Outro álbuns lançados no ano que merecem ser ouvidos (sem ordem):

Foo Fighters — Concrete and Gold
HAIM — Something to Tell You
Liam Gallagher — As You Were
Noel Gallagher’s High Flying Birds — Who Built the Moon
The Jungle Giants — Quiet Ferocity
The Strypes — Spitting Image
The Killers — Wonderful Wonderful
alt-J — RELAXER
WALK THE MOON — What If Nothing
The War on Drugs — A Deeper Understanding
Kodaline — I Wouldn’t Be — EP
St. Vincent — MASSEDUCTION
Weezer — Pacific Daydream
Spoon — Hot Thoughts
Kygo — Kids in Love
The Neighbourhood — Hard — EP
Broken Witt Rebels — Broken Witt Rebels

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