Confraternização da Acerva goiana mostra a força da cerveja artesanal local

Em sua quinta edição, evento apresentou maior diversidade de estilos de sua história!

Arthur Steckelberg
Cinema e Cerveja
4 min readNov 27, 2019

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Já é tradição na Associação dos Cervejeiros Artesanais de Goiás (vulgo, Acerva goiana) a realização de uma confraternização de fim de ano, em que cervejeiros de todo o estado são convidados para compartilharem boas cervejas e bons momentos entre si — inclusive, cervejeiros que doam produção para o evento têm excelentes descontos!

Neste ano, o evento aconteceu nesse sábado (23/11) e foi realizado no Clube Oásis, em Goiânia. Além de um amplo e arborizado espaço para acomodação do público, o evento ainda contou com área de lazer para crianças (com Pula-pula gratuito) e teve apresentação ao vivo com a banda de rock Dom Barão Rock Trio. Os comes foram fornecidos pelo foodtruck Estação Vila Dionísio, do associado Aleck Zander.

“Foram muitos estilos, muitas cervejas — e cervejas boas! Isso mostra como o cervejeiro caseiro goiano tem evoluído em termos de produção” (Geraldo Neto, diretor de comunicação da atual gestão da Acerva)

Diretores da Acerva goiana reunidos na confraternização (Foto: Jhonny Echalar)

Dos 650 litros(!!) de chope doados, cerca de 75% foram caseiros — ou seja, quase 500 litros de chope feitos “na panela”. É um número altamente expressivo, que atesta a força do cerveja goiana perante a cultura nacional — atualmente, ocupamos a posição de sétimo maior mercado de artesanais do país. “Neste ano, o evento apresentou recordes tanto em público quanto em litragem: foram cerca de 200 pessoas presentes e 650 litros de chope, sendo a maior parte deles produção exclusivamente caseira.”, diz Henrique Augusto, atual presidente da Acerva goiana. “Com relação à qualidade, as cervejas também têm se mostrado melhores e mais complexas, no sentido de que foram trazidas cervejas caseiras com altíssima dificuldade de execução, como cervejas envelhecidas em barril de madeira feitas em casa.”, acrescenta o presidente. Confiram o “line-up” das cervejas presentes no evento:

Cervejas caseiras e comerciais confirmadas ao evento (Foto: Acerva goiana)

Para Geraldo Neto, diretor de comunicação da atual gestão, essa edição foi a maior de todas sem dúvidas. “Em 2016, quando entrei pra Acerva, tivemos uma confraternização lá na Klaro. Não foram mais que 20 pessoas e pouquíssimas opções de chope. O evento só vem crescendo desde então, tanto em número de pessoas quanto em número e qualidade das cervejas. Este ano, tivemos 17 cervejas caseiras diferentes e apenas um único estilo repetido. Foram muitos estilos, muitas cervejas — e cervejas boas! Isso mostra como o cervejeiro caseiro goiano tem evoluído em termos de produção”.

O diretor também comenta acerca da importância do evento para a “conversão” de novos fiéis para nosso culto. “Certamente, foi a edição com o maior público. Mesmo depois de esgotarmos os ingressos, ainda tinha gente querendo. Além do caseiro, tem os amigos e demais convidados. Essa galera, que gira em órbita do caseiro, é a mais propensa a se tornar um consumidor ‘fiel’ das cervejas artesanais. Alguns amigos meus, por exemplo, não sabiam que existem tantos tipos de cerveja ou que podemos usar mel, coco e outros ingredientes na nossa cerveja feita em casa. Pra essas pessoas, é o primeiro contato com este universo tão rico. Assim, a gente vai, aos poucos, ‘catequizando’ o povo goiano”.

Dessa maneira, fica bem evidente a potência que o cervejeiro caseiro tem como força motriz de uma cultura cervejeira artesanal local. É graças a eles que temos tanta diversidade em cervejas locais e, sem eles, certamente nossa cultura não seria tão expressiva. Com o aumento da qualidade das cervejas caseiras, espera-se que as cervejas comerciais também evoluam proporcionalmente — afinal, a exigência dos consumidores também se aumenta conforme as cervejas caseiras vão evoluindo-se. Por fim, gostaria de prestar agradecimentos aos parceiros comerciais que contribuíram para a realização do evento: Casaria do Malte, Cerrado Malte, Cavalo Louco, Colombina, Klaro, MJ, 3Domingos, Lola, Vila Dionísio e Piribier. Brindemos, juntos, à cerveja artesanal goiana!

Saúde!

(Foto: Jhonny Echalar)

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