Maze Runner — A Cura Mortal — Um desfecho satisfatório para a trilogia

Ótimas cenas de combate são o ponto alto do longa

Milton Ramos Guimaraes
Cinema e Cerveja
2 min readJan 25, 2018

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Título Original: Maze Runner: The Death Cure
Direção:
Wes Ball
Roteiro: T.S. Nowlin
Elenco: Dylan O’Brien, Ki Hong Lee, Kaya Scodelario
País: Estados Unidos
Duração: 142 min
Estreia: 25/01/2018

Maze Runner talvez seja a última trilogia de filmes adaptados de um romance juvenil distópico que ainda está nos cinemas. Não por muito tempo, pois o novo e último longa baseado na obra de James Dashner chega ao Brasil na quinta-feira (25/01), intitulado “Maze Runner: A Cura Mortal”, com direção de Wes Ball, que também comandou os dois anteriores.

O filme continua a história de Thomas (Dylan O’ Brien) e de seu grupo de amigos tentando sobreviver aos ataques da C.R.U.E.L, enquanto tentam resgatar um aliado na sede da corporação e descobrir o verdadeiro propósito das experiências feitas com eles durante a jornada.

A evolução na direção de Wes Ball é perceptível logo no início, em uma cena de ação bem construída e filmada com cuidado, em que os protagonistas tentam parar um trem para resgatar um personagem conhecido pelo público. Com um ar de Mad Max, acompanhamos a estratégia dos heróis, sem cortes bruscos e com clareza, já que a câmera foca naquilo que quer mostrar. O ponto alto da obra são as cenas de ação, o roteiro está ali apenas para preencher e fazer com que elas aconteçam. Os cenários são variados e visualmente interessantes, principalmente o interior da cidade, que é palco da melhor sequência de toda a saga.

Como dito antes, o roteiro serve apenas para ligar as cenas de tiroteio e combate, e o desfecho da trilogia, no aspecto narrativo, deixa a desejar. O terceiro ato é longo demais, um corte de dez minutos era necessário. Alguns diálogos não acrescentam nada a história e, na maioria das vezes, são expositivos sem necessidade.

Os atores estão bem em seus papéis e entregam aquilo que é esperado. Destaque para Dylan O’ Brien, que, mesmo depois de ter sofrido um acidente no set de filmagens, conseguiu terminar o filme e manteve o mesmo foco até o final. O ator carrega o longa, sendo o personagem mais interessante e bem trabalhado do grupo. Sua jornada do herói funciona, apesar dos diversos clichês.

“Maze Runner: A Cura Mortal” termina a trilogia de forma satisfatória. As cenas de ação seguram o filme, já que o seu roteiro não impressiona e a história tem uma conclusão razoável. Serve como entretenimento, nada além disso.

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