Quando o SBT não sabe usar a carta que tem para salvar e lucrar com seu infantil

SBT poderia ter uma vantagem até contra os canais infantis da TV paga

Já reclamei várias vezes no Twitter (sorry, pleonasmo!) que o SBT tem um banquete completo com direito para comer com as mãos, mas não sabe mastigá-lo.

De todas as emissoras de TV aberta e fechada, o SBT tem o maior trunfo para ajudar no orçamento do Bom Dia & Cia e Sábado Animado e, quem sabe, ganhar uns trocados a mais.

A emissora da Anhanguera estreou há alguns anos a SBT Store, um lugarzinho bacana onde ela vende produtos com a logo da emissora, alguns mascotes e até camisetas com frases icônicas do Sílvio Santos. Foi ai que vislumbrei que ela podia vender não só produtos próprios da emissora, mas também produtos que ela exibe.

“HEIN? Como assim, Bial?” Calma, que eu explico:

Vamos usar os desenhos patrocinados Barbie, Polly, Monster High e Max Steel. Não sei quais termos o SBT tem com a Mattel, mas as franquias poderiam render mais para o Bom Dia e para a própria emissora.

A emissora poderia formar um contrato que, além do direito de imagem, inclua o licenciamento de produtos com a marca. Ela podia até oferecer uma espécie de contrato similar ao que ela tem com o Ratinho: Parceria de 50 por 50 em lucros e despesas (ouvi dizer que é muito um ótimo acordo). Com isso, o SBT poderia vender na SBT Store as várias bonecas da Barbie com todos os seus acessórios. Idem para a Polly, Monster High e o Action Figure do Max Streel, junto com todos os acessórios que acompanham as marcas. Durante a exibição das mesmas, o SBT poderia anunciar a própria loja AND os brinquedos da personagem que está em exibição no momento. Com os direitos de licenciamento dos produtos relacionados aos desenhos que eles exibem, o céu é o limite. Ainda mais para o departamento comercial do SBT que é um dos melhores, quiçá o melhor das TVs abertas.

Isso é só a cereja do bolo. Apenas imagine esse cenário com animes? Eles têm um potencial para produtos muito maior dos quais o destaque é o Mangá. Mas tem CD Drama (ou OST), Action Figures e etc. para ser explorado também.

Por algum mistério inexplicável tsc*… Animes perderam espaço tanto na TV paga — não é de hoje — quanto na TV aberta. Mas eles são um sucesso incontestável e de grande audiência. Posso dar 1, 2, 3 e muito mais exemplos aqui. A desculpa mais… Esfarrapada que já li sobre é que “*Anime não dá lucro”. Uai, então o que é isso que a TV Tokyo anuncia todo ano? E os Mangás vendidos pela Panini e JBC, alguém?

Enfim, DÁ para gerar lucro, mas para tanto é preciso licenciar junto com a exibição, a licença de gerar lucro com produtos da marca… É só se espelhar nos canais americanos. E anime é um campo muito mais fértil que isso.

Well, mas isso é assunto para uma outra oportunidade. ;)