Resenha: Unbreakable — Corpo Fechado (2001)

Ficha técnica

Título original: Unbreakable
Título no Brasil: Corpo Fechado
Diretor: M. Night Shyamalan
Sinopse: Um espantoso desastre de trem choca os Estados Unidos. Todos os passageiros morrem, com exceção de David Dunne (Bruce Willis), que sai completamente ileso do acidente, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L. Jackson), um estranho que apresenta uma explicação bizarra para o fato.

Atenção: por mais que tenhamos tentado redigir essa resenha com o menor conteúdo de spoilers, é possível que haja pequenas revelações sobre a trama. Continue por seu próprio risco, ou assista o filme e volte aqui depois!

Unbreakable é, com certeza, um dos meus filmes de super-heróis favoritos e, na minha opinião, um dos mais inteligentes e bem feitos também. Confesso que ao assistir, pelo menos a princípio, não imaginei que fosse esse o caso — decidi assisti-lo após me tornar grande admiradora de sua sequência, Split (2017), sem nenhum conhecimento sobre ficha técnica ou qualquer spoiler.

Ele conta com grandes nomes no elenco, como Bruce Willis (Looper — O Assassino do Futuro, Pulp Fiction, O Sexto Sentido) e Samuel L. Jackson (Pulp Fiction, Os Vingadores: The Avengers, Saga Star Wars), e ainda Robin Wright (que você talvez conheça como a Claire de House of Cards) e o, até então, ator mirim Spencer Treat Clark.

O filme conquista o espectador desde a sinopse, que promete uma premissa interessante e cativa os amantes de suspense. Um homem aparentemente normal sobrevive a um acidente fatal de trem, que matou 131 pessoas; ele é o único sobrevivente, e não possui nenhum arranhão. Isso não só surpreende os médicos, como também afeta o próprio David (Willis), o grande protagonista no qual a trama gira em torno. Obcecado em descobrir o porquê de nada (literalmente!) ter acontecido com ele, o personagem busca por respostas enquanto tenta lembrar, sem sucesso, de alguma vez em sua vida em que já esteve doente ou ferido.

Samuel L. Jackson entra na trama como detentor de todas essas respostas, inicialmente impossíveis e risíveis, e, como o próprio David pensa no primeiro encontro deles, desequilibradas.

A relação de “amizade” entre os dois personagens desencadeia efeitos colaterais na vida familiar de Willis, afetando o relacionamento amoroso com sua esposa, que já estava em conflito, e deixando seu filho, ainda uma criança, obcecado em provar a teoria de Elijah (Jackson).

O longa de Shyamalan entrega um suspense cativante, que desperta a curiosidade do espectador, o deixando ansioso para descoberta de onde os mistérios da trama vão levar. Com performances de tirar o fôlego por parte de todo o elenco, destaco a atuação de Samuel L. Jackson, que foi espetacular ao dar vida ao seu personagem Elijah Price, peça essencial de todo o quebra-cabeça que o filme oferece, e um dos pontos mais altos do mesmo, com toda certeza.

O filme prende a atenção do espectador do começo ao fim, desde o acidente de trem até seu desfecho espetacular, com um plot-twist de gênero genial. Corpo Fechado pode começar como um filme de suspense, mas é muito mais do que isso.

Unbreakable ganhou uma sequência, Fragmentado (2017, Split no original), e se tornou o primeiro filme da trilogia Eeastrail 177, que tem sua conclusão, chamada Glass, prevista para ser lançada em janeiro de 2019.

Enquanto aguardamos pelo grande desfecho desta fantástica trilogia, assista sua continuação Split, que conta com o talentoso James McAvoy como protagonista e ainda com um cameo de Bruce Willis. A boa notícia é que o quarteto principal do primeiro filme estará de volta para Glass, junto também com os protagonistas de Fragmentado. Podemos esperar, já de antemão, algo grandioso, então preparem o coração e guardem dinheiro pro ingresso e pra pipoca desde já.

Se você ainda não assistiu Corpo Fechado, ficamos felizes em dizer que sim, está disponível na Netflix! E vale cada minuto de sua 1h46min. Assista e conte pra gente, aqui embaixo, sua impressão sobre o filme.

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izabella oliveira
Cinemachina - Não há vida sem a arte

apaixonada por arte e problematizadora em tempo integral. estudante e escritora nas horas vagas.