Processo Criativo: como as pessoas estão criando soluções eficazes para o ecossistema

Eis que surge um grande desafio: você foi contratado para resolver um problema que está atrapalhando o desempenho de um setor na empresa do seu cliente. Foi lhe repassado que já houve muitas tentativas para solucionar o problema, mas aparentemente o problema ainda existe e ninguém sabe como resolver.

O que você faria? Aceitaria o desafio? Se sim, o que faria?

Se você não tem muita ideia do que fazer em casos como esse, muito provavelmente esse texto pode te ajudar. Aqui vamos falar sobre como resolver problemas através do processo criativo!

A criatividade é uma das habilidades do futuro mais cobiçadas pelas empresas do presente. E por quê? Bem, a criatividade faz parte do processo que antecede a inovação. É ela o ponto inicial das inovações mais simples às mais disruptivas. E como sabemos, a inovação é uma das maiores aliadas das empresas em vantagem competitiva. Por isso, é tão crescente o interesse das empresas por profissionais criativos.

Mas essa habilidade não se restringe apenas a quem trabalha com o processo criativo, como é o caso de designers, arquitetos ou publicitários. Os profissionais do futuro devem estar preparados para agir criativamente em suas áreas de atuações, idealizando soluções para os problemas. Aqui no CITi, empresa Júnior de Tecnologia da UFPE, percebemos criatividade no processo de desenvolvimento dos nossos serviços, no processo de ideação de consultorias e também na disseminação da nossa cultura na empresa, esta última a área que atuo.

Porém, talvez você esteja pensando: Ok, mas todas essas pessoas são criativas por vida. Eu não nasci criativo.

Como eu disse anteriormente, a criatividade é uma habilidade. E assim como qualquer uma outra, ela é passiva de aprendizagem. E meu objetivo com esse texto é justamente te mostrar como pessoas estão usando a criatividade para criar soluções mais assertivas para seus ambientes.

Mas cuidado, a criatividade não é uma linha contínua na qual todas as resoluções acontecem da mesma forma. Os passos mostrados a seguir são instruções para te ajudar a mudar a configuração do seu problema e cabe a você saber em qual estágio do processo sua solução está.

Identifique o verdadeiro problema

Imagine o trânsito que você pega todos os dias. É um dilema que provavelmente você gostaria que fosse solucionado e talvez você já até pensou: “tem muitos carros no trânsito. Esse é o problema.”. Entretanto, não necessariamente o fato de ter muitos carros é o problema. Se analisarmos bem, quando o problema é exposto dessa forma, há um enviesamento da solução — supondo que precisamos de menos carros para acabar com o trânsito. Agora, imagine que o problema fosse exposto dessa maneira: “as pessoas estão enfrentando muito trânsito”. Existem muitas maneiras de resolver esses problema, pois o objetivo é fazer as pessoas enfrentarem menos trânsito. Isso pode ser solucionado diminuindo a quantidade de carros, criando novos caminhos, transportes alternativos ou criando o home office.

Por isso, é importante identificar qual é de fato o problema para expandir o leque de soluções e consequentemente aplicar a solução mais adequada para o momento.

Veja por diferentes perspetivas

Busque entender quem passa pelo problema. Faça perguntas às pessoas que diretamente e indiretamente são afetadas e entenda a questão por diferentes perspectivas. Busque entender o porquê das pessoas pensarem o que pensam até encontrar padrões nas respostas e ter a certeza de que está abordando o problema certo.

Ponha suas ideias na mesa

Você já começou a escrever uma mensagem para alguém, se arrependeu e facilmente apagou?

Isso costumeiramente acontece quando estamos tentando estruturar uma ideia ao invés de simplesmente escrevê-las, deixá-las fluir sem autocrítica. Não que a autocrítica não seja necessária, mas ela deve ser utilizada após o brainstorming, no momento de organização e seleção das ideias. Por isso, alguns autores sobre criatividade recomendam que durante um brainstorming as pessoas utilizem papel, para que não “deletem” suas ideias rapidamente.

Salve seus insights e utilize-os quando achar conveniente, seja para a solução que você está trabalhando no momento ou para outra posteriormente.

Compartilhamento é importante

Participando uma vez de um curso de liderança da nossa parceira Fundação Estudar, fiz uma atividade na qual todos os participantes deveriam compartilhar seu projeto com outra pessoa em apenas 1 minuto. Após finalizada, deveríamos repetir a apresentação aproximadamente 10 vezes com outras pessoas. No começo esqueci de dizer várias partes da ideia, depois de algumas vezes já adaptava melhor à solução e no final consegui colher alguns feedbacks para a ideia, com o mesmo tempo de apresentação. Quanto mais você compartilhar, mais feedbacks e insights você terá para sua solução.

Mas calma, não apenas falar do projeto é importante. Outros assuntos podem te trazer insights sobre sua solução. E essa é a próxima dica para você construir a solução do seu problema.

Se afaste

Quando estamos assistindo um jogo pela TV, parece que poderíamos jogar aquela partida muito melhor do que os jogadores. Isso acontece porque quando estamos de longe conseguimos ter uma visão holística do problema. Além disso, conseguimos ter insights sobre um comportamento que lemos em um livro ou assistimos em um filme e idealizamos mentalmente soluções que poderia ser aplicado facilmente àquela situação.

E se você está em dúvida em qual momento deve se afastar do problema, aqui vai uma dica: quando você estiver cansado e sem conseguir produzir mais, (geralmente após 15 a 20 minutos focando exatamente no mesmo caminho), dê uma pausa, use o Pinterest, redes sociais ou veja alguns vídeos no YouTube. Fazendo isso, além de relaxar, você estará expandindo seu campo de conhecimento.

Combine — Roube como artista

Todo artista ouve a pergunta: “De onde você tira as suas ideias?” O artista honesto responde: “Eu roubo.”
Roube como um artista — Austin Kleon

O processo de criatividade não é um jogo de originalidade, no sentido literal — do que não foi ainda imaginado — mas sim, muitas vezes, de combinar diferentes ideias já existentes em prol da resolução do seu problema. O smartphone, por exemplo, é a junção do telefone fixo + funcionalidades do computador de mesa, que proporciona uma comunicação mais rápida, seja por ligação ou via internet.

Não ignore ideias que não fazem parte do nicho do seu problema. Observe, selecione e combine!

Treine-se

Sempre que vemos alguém muito bom em algo dizemos: como você é habilidoso. O que poucos não sabem é que toda habilidade exige treino.

No caso da criatividade, é preciso que você treine seu cérebro. Sendo assim, adapte sua mente a resolução de problemas, procurando desafios cotidianos — e resolvendo-os.

Agora, assim como as empresas, você estará apto a criar soluções que impactem no seu dia a dia.

Seguindo esses passos, você desenvolverá uma das habilidades do futuro, garantindo um grande diferencial competitivo para você e sua empresa.

E se você precisar de ajuda mais específica, entre contato conosco pelo contato@citi.org.br. Te ajudaremos a trazer resultados mais eficazes para você e sua empresa.