A gente se encontra no renascer

Oi Evelym,

Como você está hoje?

Por aqui as coisas estão seguindo como tem dado pra seguir. Eu gostaria de ter escrito essa carta pra você antes, lá em fevereiro. Mas como sempre eu me envolvo com mais tarefas do que dou conta de fazer e aí algumas coisas vão ficando pra depois. Geralmente elas esfriam e eu desanimo, mas tenho me atentado mais para essa minha mania, com o intuito de mudar isso, pois tem me incomodado bastante perceber que me movimento assim.

Estamos no fim do mês de junho e ainda estou super atrasada com as atividades do clube e escrita, tinha meses que não vinha ver nada com relação a ele, estava paralisada. Mas hoje resolvi voltar, me dar a chance de recomeçar. Tenho sentido cada dia mais vontade e necessidade de melhorar minha escrita, de aperfeiçoar e me entregar ao mundo das palavras.

Confesso que tenho medo, medo de não dar conta de escrever com maestria. A maestria da perfeição que me assola e me paralisa em muito do que me proponho a fazer. Mas estou aqui, me abrindo com você hoje pra dizer que eu quero muito no fim desse ano e desse curso conseguir reconhecer que valeu a pela, que consegui subir o ou os degraus possíveis nesse momento na minha escrita, sem cobranças de perfeições paralisantes.

Desejo que ao ler essa carta e os textos escritos ao longo do ano a Evelym de Dezembro consiga perceber a evolução e não somente os defeitos. Que o processo de escrita esteja mais livre e fluido. Que você esteja se cobrando menos e se acolhendo e reconhecendo mais, na escrita e na vida.

#03fev2022 (Texto escrito para o Club de Escrita Afetuosa da Ana Holanda)