Branco esmaecido

Invento alegrias

Sorrio palavras sem sentido

Choro frases inteiras pra me convencer

De um diálogo imaginário

Peço licença poetica

Me visto de firulas

Burilo a ponta fina da caneta azul

Minha favorita

Conto segredos ambivalentes

Com destreza de bailarina

De unha encravada

Sempre sorrindo amarelo

Rimo ideias solitárias e anônimas

Perigosamente nuas, que abrigam medos

Que compõem a trilha sonora do querer

E perco o embate

A luz acende

O escuro prevalece

E o papel que seca lágrimas

Permanece num tom branco indisível.

#desafio 001/fev22

#clubedaescrita

#anaholanda

--

--