Um poeminha em prosa
Casa é o lugar do enquanto
Casa é lugar de palavras longas e de silêncio. É lugar de travesseiros, tremeliques e olhares atravessados.
É onde a gente tem tempo para falar prateleira e macarrão.
Casa não é o lugar do agora. É o lugar do enquanto.
Casa é o lugar onde as memórias têm perfume de cal e gosto de xampu.
É onde os medos têm muitas patas: uma legião de formigas, piolho, aranhas, escorpião.
E onde a calma tem nome curto: pai, mãe, cama e sorvete (como exceção).
Casa não é um lugar, é uma sensação!
Texto meu, com inspirações no poema de Cecília Meireles (Eis a Casa).
Clube da Escrita | Texto adicional | Desafio 02 Abril 22