Camisas vermelhas

Mauro Ianhez
Clube da Escrita Afetuosa
1 min readFeb 20, 2021

Não foram duas ou três. Foram várias desta cor. Em tecidos lisos ou em listras sempre tive camisas vermelhas. Gosto da cor desde pequeno, nem sei em qual época me identifiquei. E fazia relação com carros (“Ferrari corre mais”) e com times. Me lembro das semi-finais do campeonato brasileiro de 1979 e o Internacional de Falcão, Batista e Mauro Galvão jogava contra o Palmeiras. Aquela camisa colorada me encantou, contando também com o bom futebol; mas vale lembrar que eu já era um bom atleticano e não renegava o manto sagrado alvinegro. Depois, as seleções da Polônia e da temida União Soviética com o CCCP estampado…

Com a chegada da “idade adulta”, meu primeiro salário foi uma calça jeans, um tênis e uma camisa vermelha, além é claro, do meu primeiro rádio ondas curtas. E desde então, ganhando ou comprando, sempre estou com uma pronta pra usar. Me sinto muito bem de vermelho.

Com o passar do tempo, em leituras, estudos, reportagens, fui criando maior identidade com a cor, ideologicamente dizendo. Não sou filiado a partido político algum que tenha esta cor, mas sei que o vermelho representa a luta do povo contra a opressão e o descaso dos governos mais conservadores e esses, a temem como um touro de tão incomodado que fica quando vê.

De uns tempos pra cá uso camisas vermelhas também pra demonstrar meu pensamento e posicionamento político e fico tranquilo em lutar por atitudes que dignificam os mais necessitados.

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