Hábito esquisitinho
Banana nanica, limão Taiti, goiaba vermelha, chuchu (gente, quem nessa idade compra chuchu?) carne moída, lava roupas, pão de queijo (toda lista de mineiro tem pão de queijo e ela mesmo sendo do Pará já mineirô), chocolate tablete, biscoito de chocolate (aííííí já começou a combinar), achocolatado, pão de forma…
Sem querer a nota fiscal de compras da minha jovem e meiga vizinha veio parar nas minhas mãos. O fato é que ela fez as compras on-line e me ligou pedindo pra recebê-las, pois não ia chegar do trabalho a tempo da hora agendada. Ficou presa no infinito de reuniões que deu pra acontecer depois da pandemia. Não podia negar. Até porque, eu estava trabalhando em casa e quando viajo ela sempre faz questão de cuidar do meu cachorro. Como se diz por aí: “Uma mão lava a outra e as duas se entrelaçam”. Claro que eu recebi e sem querer acabei olhando o ticket que o entregador deixou comigo. E fiquei pensando que realmente aquela comprinha combinava com a doce menina, recém-formada, morando longe dos pais, sem hábito muito extravagantes. Comprar pela internet é comum para os jovens, sempre foi. Hábitos das novas gerações que não tem tempo a perder. Se bem que, depois que qualquer um acostuma, não quer saber de outra vida!
Naquela lista de 27 itens só não entendi a compra do chuchu. Gente, não existe legume mais esquisito e sem graça. Desculpa, chuchu, mas você não tem sabor de nada. Nem de chuchu. E depois gente jovem não come chuchu. Hoje em dia eu não ‘gasto calorias’ comendo coisas que não agregam ao paladar, ou à saúde.
Não entendi a compra do chuchu. Do achocolatado, chocolates, biscoitos, do pernil desfiado fez sentido. Mas do chuchu…
Bem, eu não quero bisbilhotar a vida de ninguém, muito menos dessa fofa que é uma ótima vizinha. Nem quero entender hábitos de compras dos vizinhos, apesar de ser marqueteira e ter mestrado em comportamento do consumidor, mas a vizinha jovem, meiguinha, dócil e prestativa gostar de chuchu, é estranho!