Lalá e Lili
Desafio 04jun22 — Clube da Escrita
Versão ilustrada *
Lalá mora numa casa grande e bonita.
No quarto de Lalá nada pode ficar fora do lugar.
Um dia, quando chega da escola, Lalá vê uma gatinha espiando sua casa.
Pequenina, cinza, levemente rosada e com olhos pretinhos. Linda.
Lalá quis cuidar dela. Dar casinha. Dar comida. Proteger.
Chamou-a de Lili. Linda Lili.
Lili ficou aliviada de estar com Lalá. Não sabia onde estava sua família.
A casa onde moravam foi demolida. Todos fugiram. Ela se perdeu.
Lalá ia para escola e quando voltava, ficava no seu quarto arrumado. Com seus fones. Com seu celular. No seu tablet. Não tinha nada para Lili brincar.
Algum dia, Lalá esqueceu uma sacola de papelão perto da cama. Lili ficou curiosa. Se aproximou. Futricou. A sacola pulou em cima dela. Lili ficou assustada. Depois relaxou. Forçou, forçou e conseguiu sair. Futricou e conseguiu entrar. Saiu. Entrou. Puxou pela alça. Arrastou pelo quarto. Ora corria atrás da sacola, ora a sacola correria atrás dela. Lili se divertiu para valer.
Lalá chega da escola e vê a sacola no meio do quarto. Quando se aproxima, a sacola se mexe. Ela dá um pulo, mas logo vê a ponta do rabo da Lili. Começa a rir da travessura da gatinha. Lili ouve as risadas da menina e fica feliz. Sai de baixo e entra. Sai e entra. Exibindo suas habilidades. Lalá ri mais ainda. Com as patinhas, Lili amassa a sacola que forma uma bola desengonçada.
Bate com a patinha e a bola sai pulando. Lili atrás. Lalá adora a brincadeira que Lili inventou. Pega a bola e joga para longe. Lili sai em disparada, escorregando pelo chão liso. Acaba batendo numas caixas cheias de brinquedos que Lalá não brincava mais. Tudo se espalha. Lalá não se importa. Senta-se no chão e seguem se divertindo. Pega a bola de sacola desengonçada e joga. Lili dispara. Tropeça nas coisas. Se embola.
Lalá e Lili nunca riram tanto. Passaram a tarde inventando brincadeiras. E adormeceram abraçadas no tapete no quarto. Já não mais tão arrumado.
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Lalá e Lili
Lalá mora numa casa grande e bonita.
No quarto de Lalá nada pode ficar fora do lugar.
Um dia, quando chega da escola, Lalá vê uma gatinha espiando sua casa.
Pequenina, cinza, levemente rosada e com olhos pretinhos. Linda.
Lalá quis cuidar dela. Dar casinha. Dar comida. Proteger.
Chamou-a de Lili. Linda Lili.
Lili ficou aliviada de estar com Lalá. Não sabia onde estava sua família.
A casa onde moravam foi demolida. Todos fugiram. Ela se perdeu.
Lalá ia para escola e quando voltava, ficava no seu quarto arrumado. Com seus fones. Com seu celular. No seu tablet. Não tinha nada para Lili brincar.
Algum dia, Lalá esqueceu uma sacola de papelão perto da cama. Lili ficou curiosa. Se aproximou. Futricou. A sacola pulou em cima dela. Lili ficou assustada. Depois relaxou. Forçou, forçou e conseguiu sair. Futricou e conseguiu entrar. Saiu. Entrou. Puxou pela alça. Arrastou pelo quarto. Ora corria atrás da sacola, ora a sacola correria atrás dela. Lili se divertiu para valer.
Lalá chega da escola e vê a sacola no meio do quarto. Quando se aproxima, a sacola se mexe. Ela dá um pulo, mas logo vê a ponta do rabo da Lili. Começa a rir da travessura da gatinha. Lili ouve as risadas da menina e fica feliz. Sai de baixo e entra. Sai e entra. Exibindo suas habilidades. Lalá ri mais ainda. Com as patinhas, Lili amassa a sacola que forma uma bola desengonçada.
Bate com a patinha e a bola sai pulando. Lili atrás. Lalá adora a brincadeira que Lili inventou. Pega a bola e joga para longe. Lili sai em disparada, escorregando pelo chão liso. Acaba batendo numas caixas cheias de brinquedos que Lalá não brincava mais. Tudo se espalha. Lalá não se importa. Senta-se no chão e seguem se divertindo. Pega a bola de sacola desengonçada e joga. Lili dispara. Tropeça nas coisas. Se embola.
Lalá e Lili nunca riram tanto. Passaram a tarde inventando brincadeiras. E adormeceram abraçadas no tapete no quarto. Já não mais tão arrumado.
