Manga
Manga,
Não a manga da camisa,
Manga fruta.
Mangueira,
Não a de fazer limpeza,
Não a escola de samba,
O pé de manga.
Tem uma grande lá na fazenda.
A mesma desde quando conheci meus bisas,
A mesma que eu subia, ainda que com medo,
A mesma que tem suas mangas caídas todos os anos virando morada de abelhas,
A mesma de quando viajei pra longe pela primeira vez.
Manga Rosa, manga Tommy, manga Palmer…
Manga colhida da praça,
Comprada no mercado, no hortifruti, na feira.
Manga paga em reais, em euros.
Manga importada e etiquetada, que de avião chegava.
“-Olha, veio do Brasil!” — na Alemanha eu escutava.
Manga com perfume de casa,
Um pedacinho de fruta com gostinho da minha terra, fatiada em pedaços de afeto por quem queria me dar um afago quando eu mais precisava.
Agora ela representa passado que ainda vive e a saudade da distância da última viagem.
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