Do Veggie ao Vegan: outras fontes de proteína por um mundo melhor

Uma parceria com a ONG Comida do Amanhã.

clubeorganico.com

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Clube Orgânico

4 min readNov 7, 2018

Esse conteúdo faz parte do ebook:

Do Veggie ao Vegan — Um Guia de A a Z

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O Comida do Amanhã é uma iniciativa criada pela portuguesa Mónica Guerra Rocha — que, apesar de pouco tempo no Brasil, já mostrou toda a sua potência até no tapete vermelho do TEDx.

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www.comidadoamanha.org

A ONG tem como missão simplificar os conteúdos em torno do alimento, promovendo o pensamento coletivo e — mais importante — desmitificando conceitos para permitir a apropriação de cada um sobre o seu poder de ser agentes de transformação através da comida.

E é claro que, quando o assunto é desmistificar o papel da proteína em nosso dia-a-dia — e a difícil missão de reduzir o impacto da carne no pratos dos brasileiros — contamos com o apoio da Mónica e o seu time de mulheres.

Convidamos ela para colaborar no ebook Do Veggie Ao Vegan, mas você também pode conferir os textos na íntegra aqui. Vamos lá?

Proteína é só animal?

Elas são a estrutura do nosso corpo, responsáveis pelo desenvolvimento dos nossos órgãos e músculos. São moléculas que existem dentro das nossas células, compostas por aminoácidos — todos ligados entre si. Existem 20 aminoácidos principais, 9 deles essenciais — aqueles que não conseguimos produzir no nosso corpo e precisamos ingeri-los através dos alimentos.

Nenhum alimento vegetal sozinho pode garantir a presença de todos os aminoácidos essenciais, por isso, precisamos combinar diferentes alimentos ricos em proteína vegetal.

Aqui, a diversidade é a chave!

Vale misturar os alimentos vegetais, porque uns acabam compensando os aminoácidos que faltam nos outros. O arroz com feijão é um exemplo disso:

O que falta de aminoácido no arroz, o feijão tem de sobra e vice versa. :)

Precisamos de ingerir diariamente 0,8 a 1g de proteína por cada kg de peso do nosso corpo — uma pessoa com 60 kg, precisa apenas de 48g a 60g por dia! E temos várias fontes de proteína disponíveis no mundo vegetal!

Grãos, leguminosas e cereais são uma boa pedida. Além de serem ricos em proteína, são baixos em gordura e podemos consumir maiores quantidades: 100g de lentilha tem mais de 9g de proteína! Grão de bico, ervilha, feijão arroz integral, soja e aveia são ótimas opções.

Xarás de respeito

Para além da substituição de alimentos, é muito importante se divertir no processo da transformação de hábitos e descoberta de novos sabores vegetais!

Desenvolver novos gostos, provar novos alimentos deliciosos, preparar de formas diferentes e trocar velhos rituais. O cardápio é vasto e as possibilidades infinitas e abundantes.

Que tal, por exemplo, experimentar fazer seu próprio leite de coco e usar o que foi espremido para fazer biscoitinhos? Ir à feira e provar as frutas da época? Explorar os 14 tipos de feijão existentes no Brasil? Beber um suco misturando frutas e vegetais? Ou fazer várias versões do seu prato favorito com diferentes tipos de proteínas vegetais?

Explore as opções vegetarianas e veganas dos restaurantes da sua cidade e dos lugares que você visitar.

Com mudanças de rituais em nossas vidas, podemos inspirar outras pessoas a mudarem também, e a todo mundo entender que uma alimentação com base em vegetais não significa menos prazer na mesa.

Vários alimentos de origem animal podem ser substituídos por produtos vegetais, com resultados muito parecidos. Por exemplo, a aquafaba (água do cozimento do grão de bico batida) é muito idêntica à clara em neve e pode ser usada para fazer o merengue da sua torta favorita — só que agora na versão vegana!

Faça novas combinações.

Fazer da comida uma fonte de invenções e experiências, porque o mundo vegetal é cheio de cores e sabores e possibilidades! Que tal fazer um jantar experimental com os olhos cobertos e chamar os amigos para adivinharem o que estão comendo? Dividir receitas e cozinhar junto? Provar as novidades?

Xarás de respeito são aqueles que a gente traz para dentro da nossa vida, porque fazem dela mais divertida, saudável e ainda por cima, sem sofrimento envolvido.

Bacana, né?