Amor passado para as futuras gerações

Patricia Magri
Clubes da Serpente
Published in
3 min readJun 7, 2017

A trajetória de um torcedor apaixonado pelo Cascavel Clube Recreativo

Bruno com a torcida organizada, acompanhando um dos jogos do CCR

Bruno Oliveira da Silva é funcionário público do município, tem 30 anos, é casado com Cintia tem uma filha Isabella Vitoria de 6 anos e o filho Emanuel que vai nascer. Nasceu em Guarapuava e mora em Cascavel há 19 anos.

Assim como grande parte da garotada, desde criança Bruno sonhava em ser jogador de futebol, mas esse sonho não é fácil. Sem sucesso na carreira profissional, ele apenas acompanhava as notícias do time, quando obteve certa idade começou a acompanhar os jogos no estádio. “Como grande amante do futebol peguei apreço pelo time da cidade que me acolheu”, diz Bruno.

Bruno faz parte da torcida organizada Serpente Tricolor há 11 anos. “Observava de longe a galera fazendo festa. Certo dia um amigo me convidou para ir com eles, meio receoso aceitei, desde então não sai mais e para mim se tornou um decreto no qual não perdia nenhum jogo”,

Hoje a torcida organizada está em fase de reestruturação, contando com cerca de 60 torcedores, “Na época que eu entrei o time estava em alta no campeonato, lembro bem que tínhamos em torno de uns 160 torcedores”, diz ele. Mas o número de membros do grupo e os resultados dos jogos não conseguem abalar a paixão e o fanatismo pelo clube, o que alimenta esse sentimento é a esperança de dias melhores, que serão acompanhados com alegria pelo torcedor.

Mesmo durante um tempo longe de Cascavel, Bruno não deixou de acompanhar o time e torcer, ele morou em Santa Catarina e Rondônia por alguns anos, onde trabalhou com construção de usinas hidroelétricas, trabalhou também em águas de Chapecó em Santa Catarina e na Usina Girau em Rondônia. “Sou um torcedor fanático, passei um período afastado estava morando fora da cidade, mas sempre acompanhando assuntos da torcida e quando retornei, uma das primeiras coisas foi estar na bancada novamente”, diz ele.

E nessa jornada de torcedor o que não falta são histórias marcantes e loucuras para contar, Bruno entende bem o que é isso “Torcer pelo CCR já é uma historia bem marcante, pois neste tempo todo que estou ao lado do time, vivemos altos e baixos, são momentos de alegria e de angustia”, diz Bruno.

Mas existem alguns momentos em especial que Bruno jamais esquecerá, um deles foi em 2007, no último jogo da primeira fase contra o Londrina, os dois times lutavam pela classificação, um jogo complicado, até que o jogador Carreta marcou dois gols para o Cascavel, classificando o time.

No jogo seguinte desse mesmo campeonato, contra o Coritiba, alguém jogou um objeto em campo que foi entregue ao arbitro, com isso o time iria se complicar podendo ser eliminado da competição. Sem muita coisa a se fazer Bruno saiu do meio da torcida e se apresentou como sendo o responsável “Levaram-me ao fórum para tomar as decisões cabíveis no momento ate que chegou o presidente do time, retirando a queixa e que não iria representar contra minha pessoa. Para mim foi um alivio, pois não saberia que poderia acontecer comigo dali em diante”, declara Bruno.

Com toda essa paixão pelo CCR, Bruno acabou levando a familia para a torcida, a esposa e a filha já acompanham ele nos jogos e mesmo antes do nascimento ele já declara que o filho vai estar junto também, herdando do pai a paixão pelo Futebol e pelo time.

Bruno com a mulher Cíntia e a filha Isabella

--

--