A Minissérie “Hollywood”

Marcia
Coadjuvante
Published in
2 min readMay 6, 2020

A minissérie dramática americana “Hollywood”, original, foi lançada na Netflix em primeiro de maio com 7 episódios de 44–57 minutos de duração. A trama acompanha jovens aspirantes a atores e cineastas que, depois da Segunda Guerra Mundial, fazem de tudo para conseguir o estrelato em Hollywood. A época é a chamada “Era de Ouro”, onde Jack Castello (vivido por David Corenswet), com uma namorada grávida, trabalha num posto de combustível - usado como ponto de prostituição masculina - e sonha ser um astro; Archie Coleman (vivido por Jeremy Pope), que também trabalha no posto, é negro e homossexual, sonha ser um roteirista; e Raymond Ainsley (vivido por Darren Criss), cineasta em início de carreira, tenta fazer sua namorada, que é negra, ser uma estrela do famoso estúdio onde trabalha. Estas são algumas das várias histórias que mostra uma Hollywood promíscua, preconceituosa e injusta. A minissérie, que faz um mix de fatos reais e de ficção, tem humor, um bom elenco, com boas atuações, principalmente dos atores veteranos - Dylan McDermott como Ernie, o dono do posto que um dia sonhou ser astro; Jim Parsons como Henry Willson, um nojento agente de atores; Patti LuPone com Avis Amberg, esposa entediada do diretor do estúdio e a primeira cliente de Jack; Joe Mantello como Dick Samuels, poderoso produtor do estúdio; Holland Taylor como Ellen Kincaid, que escolhe e prepara o elenco -, tem também boa direção de arte, boa trilha sonora, bom figurino e um bom roteiro, que, infelizmente, desconstrói o imaginário sobre Vivian Leigh, que aparece como uma mulher surtada e preocupada com as mãos masculinas, e Rock Hudson, como um caipira, bobo e sem qualquer charme. Vale muito a pena maratonar e conhecer uma Hollywood que é vendida como glamourosa, porém, tem seu lado feio e cruel até hoje, por isso a batalha pela igualdade salarial, a igualdade dos gêneros e a criminalização do assédio sexual. Assista ao trailer:

--

--