A Série Feminista “Bombay Begums”

Marcia
Coadjuvante
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2 min readMar 23, 2021

O drama indiano “Bombay Begums”, original e lançada pela plataforma de streaming Netflix com 6 episódios de 38–60 minutos. A trama acompanha cinco mulheres fortes e com histórias tão distintas - Rani (vivida por Pooja Bhatt), CEO de um banco, casada com um pintor famoso na cidade, mas infeliz nessa relação, “rainha” e tem dois enteados, um deles é Shai (vivida por Aadhya Anand), uma adolescente sensível e que deixa claro o fato de detestá-la porque ela substituiu sua falecida mãe em sua casa e no coração de seu pai; Fatima (vivida por Shahana Goswami), executiva do banco, casada com outro executivo, seu maior desejo é gerar uma criança e para isso fez várias tentativas que fracassaram; Ayesha (vivida por Plabita Borthakur), uma jovem bissexual ambiciosa recém chegada do interior, inicialmente é uma das secretárias do banco, porém, comete um erro e é demitida; e Lily (vivida por Amruta Subhash), ex-dançarina, agora prostituta para sobreviver e capaz de fazer qualquer coisa para dar uma vida melhor ao seu filho adolescente - que os caminhos se cruzam em torno do Banco Real de Mumbai, onde Rani quer manter seu cargo a qualquer custo e é incompreendida por seu braço direito, Fatima, esta com problemas pessoais com o marido que acaba atrapalhando seu lado profissional, a relação com a enteada é cada vez mais difícil também por causa das crises da adolescência, já Ayesha, toda confusa com seus relacionamentos e precisando de um lugar para morar, batalha para agradar a chefe ajudando Lily para que seja independente e a tire da prostituição assim como suas companheiras, entretanto tudo é muito complicado numa sociedade machista. A série, que é narrada por Aadhya Anand, é um dramalhão instigante, viciante, comovente, previsível e surpreendente ao mesmo tempo, tem atuações regulares, ótima direção de arte, boa fotografia, boa trilha sonora, belo figurino, bom ritmo e um roteiro muito interessante, que aborda temas como menarca, menopausa, drogas, sexo, ambição, patriarcado, misoginia, inveja, desejo, traições de toda sorte e traz falas empoderadas como: “Pode queimar a rainha na fogueira se quiser mas não pode destruí-la” e “Ser dona da minha vida significa ser dona das minhas feridas”. Vale muito a pena assistir, e maratonar, e já estou ansiosa pela segunda temporada. Confira o trailer:

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