O Reflexivo “Crisis”(2021)
O drama/suspense americano “Crisis”, de Nicholas Jarecki (A Negociação), estreou nos cinemas dos EUA em 26 de fevereiro de 2021 e disponível na grade da plataforma Star+, com 1h e 58 minutos de duração. A trama segue o jovem traficante de drogas Cedric Beauville que é preso na fronteira dos EUA com o Canadá, com uma grande quantidade da droga fentanil, enquanto isso o cientista pesquisador da Everett University, Dr. Tyrone Brower (vivido por Gary Oldman), que tem de validar mais um novo medicamento para a Northlight Pharmaceuticals, o Klaralon, para substituir o viciante oxicodona, considerado o remédio mais perigoso do mundo, no entanto os estudos apontam que a nova droga é mortal quando se faz uso contínuo, porém, a farmacêutica doará muito dinheiro à universidade se Tyrone validar, então ele é questionado sobre ética por seus alunos pesquisadores e chantageado pelo reitor, porque a universidade precisa desse dinheiro para manter suas pesquisas, nesse ínterim o agente da DEA (Drug Enforcement Administration), a agência antidrogas americana, o incansável Jake Kelly (vivido por Armie Hammer), conseguiu se infiltrar em dois cartéis de drogas que traficam o fentanil, um opióide sintético de efeito devastador e cem vezes mais potente que a morfina, sendo um deles é dirigido pela Máfia Armênia, que opera fábricas de comprimidos nos EUA, e o outro é controlado pelo temido traficante Claude ‘Mother’ Veroche (vivido por Guy Nadon), em Montreal, no Canadá, Kelly quer flagrar os criminosos em ação e prendê-los, ao mesmo tempo acompanhamos a ex-viciada em oxicodona e agora em recuperação, a arquiteta Claire Reiman (vivida por Evangeline Lilly), mãe solteira de um adolescente de 16 anos, que perde seu filho por overdose e fará de tudo para se vingar do traficante e acaba cruzando o caminho do agente Kelly, que também tem um assunto pessoal que o faz querer acabar com os traficantes, pois sua irmã mais nova, Emmie Kelly (vivida por Lily-Rose Depp), é uma viciada em oxicodona. O filme é atual, tenso, informativo, reflexivo e comovente, tem boas atuações de Oldman e Lily, ótimo elenco, boa direção de arte, boas locações, boa fotografia, boa trilha sonora, bom ritmo e um roteiro interessante e realista, às vezes um pouco confuso, mas convincente, com três histórias que se cruzam sobre opióides, desde o momento que a pesquisa é validada, depois aceita pela FDA, agência reguladora americana de drogas e alimentos, a prescrição ilimitada de médicos corruptos, o comércio dos traficantes ultrapassando fronteiras e o consumidor final, que acaba sendo um dependente e muitas vezes morrendo de overdose. Vale a pena assistir e se informar. Confira o trailer:
