05 dicas para facilitar seu teste de usabilidade remoto

escrito por Adria Meira e Vivian Notrispe

A pandemia do coronavírus transformou completamente nossas vidas e até hoje impede — entre tantas coisas — encontros presenciais. Nossa paixão por entender a mente do usuário permaneceu firme e forte, mas, por outro lado, tivemos que adaptar o modo de dialogar e testar protótipos. Aqui estão algumas dicas que tiramos dos nossos últimos testes de usabilidade no ambiente remoto.

1. Confirme a presença do usuário

O momento de rodar o teste de usabilidade é muito aguardado por designers, mas a verdade é que nem sempre o usuário está tão empolgado, ou lembrado. Por isso, é importante refrescar a memória do usuário: seja por mensagem de texto, WhatsApp, e-mail. Aqui na Cobli, recentemente testamos ligar (pera, alguém aí se lembra de como faz isso?) para os clientes um dia antes, pedindo para confirmarem sua participação — e, mais que isso, confirmarem a participação pelo computador, para conseguir ver e usar o protótipo.

2. Tenha companhia durante o teste

Essa dica é para qualquer modalidade de teste de usabilidade, não só para o remoto. Conduzir o teste e fazer anotações são tarefas bem difíceis. Por isso, cada uma exige uma pessoa inteiramente dedicada a ela. Dessa forma, uma pessoa pode se atentar ao que o usuário está falando, para criar uma conversa fluida e empática, ao passo que a outra consegue captar reações e anotar tudo o que está acontecendo, incluindo os mínimos detalhes.

Dica para a pessoa que está anotando: pense em palavras-chave e anote o horário ou tempo de gravação ao lado delas. Isso facilita bastante na hora de rever as gravações. Se o teste for longo, você terá pontos específicos para rever sem precisar assistir/ouvir a gravação inteira.

3. Organize-se com um roteiro

Em uma chamada de vídeo, a sensação de que o usuário está sendo testado pode ficar ainda maior. Para ajudar a criar um ambiente mais acolhedor, em que o usuário se sinta à vontade para fazer críticas, é importante reforçar que o que está sendo testado é o produto, além de fazer um bom quebra gelo.
Mantenha seu roteiro fácil de ser lido e em tópicos mais simples. Durante o teste, sua atenção, que antes ficava quase completamente no usuário, agora será dividida entre diferentes janelas. Portanto, a leitura do roteiro deve ser mais dinâmica, para não perder atenção e foco no usuário e ainda conseguir se encontrar no texto e conduzir um bom teste.
Antes de iniciar a chamada, tente deixar apenas o essencial aberto no seu computador e divida sua tela de forma prática com as janelas que precisam ficar visualmente aparentes durante o teste.
Uma divisão que usamos é deixar um quadrante da tela para o roteiro, um quadrante para a chamada com o usuário e metade com a tela de teste. Caso esteja trabalhando com duas telas utilizamos uma apenas para a tela a ser testada.

4. Grave a tela

Tente facilitar as ferramentas para seu teste, principalmente se seu usuário não estiver familiarizado com chamadas de vídeo ou reuniões online. Pedir para que compartilhem a tela pode dar mais confusão do que parece, por exemplo. Por isso, indicamos que, caso esteja fazendo um teste no Figma, você grave a sua própria tela no modo observação. Assim, você acompanha o cursor do seu usuário e se encarrega 100% da parte “complicada” do teste.

5. Facilite o compartilhamento com a equipe

Diferente do bate-papo que acontece no presencial, compartilhar o resultado dos testes remotamente ficou mais complicado O ponto citado sobre palavras-chave pode ter bastante valor aqui. Quebrar suas gravações em pequenos trechos e salvá-los com as tais palavras-chaves ou tags de assunto pode facilitar o compartilhamento com outros squads e sua pesquisa vai ter ainda mais valor para a equipe inteira.

Estamos passando por um momento de rápida transformação nas relações com o usuário e esperamos que essas dicas facilitem os testes de usabilidade de vocês. Não deixem de contar nos comentários como vocês estão fazendo os seus testes!