De Estagiário a Engenheiro de Software na Cobli
Recentemente a Cobli patrocinou o TDC 2022, e como parte do evento tivemos uma palestra sobre nossa trajetória de estagiário a engenheiro de software. A conversa foi guiada por várias perguntas interessantes da audiência, e esse artigo nasceu com a ideia de resumir a palestra.
Como chegamos aqui
Natan
Entrei como estagiário na Cobli quando estava no meu 6º período do curso de Engenharia de Computação. Até aquele momento, toda minha bagagem era acadêmica, e eu participei por mais de 2 anos em projetos de iniciação científica, nas áreas de otimização, reconhecimento de padrões e microcontroladores. No fim de 2020, encontrei a Cobli por meio do Linkedin, e poucos meses depois, em fevereiro de 2021, ingressei como estagiário.
Matheus
Meu primeiro contato com a programação foi quando fiz o curso técnico de informática no IFSP, onde tive contato com além da programação, bancos de dados, experiência de usuário, gerência de projeto e etc. Depois de ter me formado foi quando decidi que seria um desenvolvedor de software.
Depois que entrei no curso de Sistemas de Informação da USP Leste em 2019 e tive ainda mais contato com programação e técnicas mais específicas com as aulas e projetos da universidade, decidi que queria realizar um estágio em uma empresa onde seria valorizado e pudesse aplicar de fato meus conhecimentos, e assim comecei a estagiar na Cobli em 2021.
Aprendizados e desafios
A Cobli é uma startup de desenvolvimento acelerado, e por conta disso há uma cultura muito forte de evolução rápida dos desenvolvedores. Durante nosso estágio, éramos muito incentivados a realizar tarefas que considerávamos difíceis. Para isso, tínhamos o suporte total de toda a equipe, e isso nos motivava a concluir os desafios propostos.
Outro acelerador para a evolução é a diversidade da stack da Cobli. Aqui trabalhamos com uma gama muito grande de tecnologias e resolvemos muitos problemas diferentes, principalmente por trabalharmos como desenvolvedor fullstack desde o início. Isso faz com que já nos primeiros meses tivéssemos contato com tecnologias como Scala (com Flink, Spark, Play), Typescript + React, bancos NoSQL, infraestrutura (kubernetes, aws) e outras tecnologias.
Além de todo esse suporte e incentivo, tivemos mentores durante o estágio, e esse suporte foi muito importante para nosso aprendizado. Vale destacar também a cultura forte de transparência e feedback da Cobli, que foi muito importante para a nossa evolução: por meio dela, entendemos nossos pontos fortes e no que deveríamos mirar em desenvolver para avançar para o próximo nível.
Prova de Fogo
Natan
No terceiro trimestre de 2021, uma das páginas de análises do nosso dashboard estava precisando de melhorias urgentes de performance e UX. Nessa época, refizemos a página quase do 0, e foi uma saga na qual eu estive altamente envolvido em reestruturar o front-end e implementar várias coisas novas, incluindo vários gráficos. Quando terminamos a primeira versão, descobrimos que a performance da página continuava abaixo do esperado, e as frotas cada vez maiores dos nossos clientes dificilmente conseguiriam tirar qualquer proveito das evoluções da UX.
Isso levantou a necessidade de mudarmos como as coisas funcionavam no backend. Planejada em um contexto de frotas pequenas, essa página agora carregava centenas de milhares de eventos para nossos clientes de maior porte. Isso era completamente inviável e contrário à escalabilidade, e para contornar esse problema fizemos um agregador de dados, implementação na qual tive grande participação.
Finalizar esse arco foi um grande ganho para nosso time, mas foi também um momento definitivo para minha evolução. Mesmo estando envolvido em várias features que envolveram backend e frontend antes, essa foi a primeira feature na qual eu assumi a frente de boa parte das implementações mais complexas necessárias.
Matheus
No final do ano de 2021, surgiu a necessidade de uma mudança na arquitetura do produto de Cartão Combustível da Cobli. Na época, o backend do produto era uma aplicação desenvolvida em Scala, utilizando Spark, responsável por processar arquivos com as transações de cartão combustível das parceiras. A baixa observabilidade, metrificação e dificuldade de manutenção, junto com um pedido de adaptação de uma de nossas parceiras, motivou uma mudança nessa arquitetura.
Essa problemática levantou muitos refinamentos com o time e o resultado foi uma arquitetura totalmente nova dentro da Cobli: um sistema desenvolvido em Typescript utilizando os Lambdas da AWS. A aplicação, com múltiplos lambdas e seus gatilhos e ações personalizados, resultou em uma melhora impressionante na observabilidade, metrificação e manutenção do código, e hoje o Cartão Combustível é um sistema muito mais eficiente.
O desenvolvimento dessa aplicação foi um desafio imenso para o time e principalmente para mim, nunca tinha tido a experiência de desenvolver em Typescript ou publicar um lambda da AWS. Participei ativamente dessa nova arquitetura desde o início durante os refinamento e isso foi crucial para o desenvolvimento da minha carreira, o conhecimento que adquiri durante essa jornada foi incrível.
Conclusão
O estágio na Cobli é uma experiência desafiadora, tanto pela quantidade de tecnologias, como pelo constante desafio de escalabilidade gerado pelo crescimento exponencial da empresa, o que pra nós se tornou a realidade do dia a dia. Sumarizando nosso aprendizado, talvez entre as várias habilidades importantes para ter ou desenvolver na Cobli é a pró-atividade, o “sangue no olho”. Essa característica foi o que resumiu o nosso estágio e nos trouxe muito conhecimento e evolução na nossa carreira. A Cobli foi e continua sendo para nós uma experiência única e de muito aprendizado.
Escrito por Matheus Reyes e Natan Laurett
