Experiência trabalhando em uma startup de alto crescimento

Cobli Brasil
Cobli
Published in
5 min readDec 18, 2019

por Artur Magalhães

Me chamo Artur, sou aluno de Ciência da Computação no IME (Instituto de Matemática e Estatística) da Universidade de São Paulo. Neste semestre, tive a oportunidade de trabalhar em uma startup, e quis compartilhar essa experiência com vocês!

Ao longo de 2019, estive em contato com uma dinâmica diferente do que já havia experimentado, e pude aprender muito sobre o funcionamento de uma startup de alto crescimento.

A Cobli é uma startup tecnologia para logística e gestão de frota. Tem a grande missão de conectar carros de empresas à internet, dado a vasta frota existente no Brasil. Nela, oferecemos um arsenal de ferramentas para que o gestor de frota — desde o dono da mercearia à ambulâncias e grandes empresas — possa ter visibilidade e controle total sobre sua operação. Cada feature é pensada para realmente auxiliar o gestor, e fazer com que seu dia a dia seja otimizado, provendo um sistema de alta tecnologia e fácil de usar.

Crescimento acelerado

Estive por um período de seis meses, e nesse curto intervalo, participei de uma troca de escritório, US$10 milhões na Series A, crescimento no número de funcionários, além de outros acontecimentos que demonstram a rapidez na qual as coisas acontecem. O dia a dia de trabalhar em uma startup envolve você se deparar constantemente com mudanças e ver de fato o progresso acontecer.

Cultura

Algo que sempre ouvi falarem que era muito importante em uma empresa é a Cultura. A Cultura é a alma de uma startup, é praticar, todos os dias, os pontos necessários para que tudo flua bem. Ela define as interações entre os Coblers, principalmente no relacionamento pessoal. A Cultura na Cobli é um fator de excelência.

Desde o processo de onboarding, é ressaltado a importância da Cultura. Ser transparente é primordial. Para que seu colega tome decisões boas, é necessário que você seja claro, relatando problemas, complicações e incômodos, e assim melhorar continuamente os processos e decisões. Além disso, pensar no cliente, com visão a longo prazo, é profundamente enfatizado, afinal, o cliente é a prova final do produto. Os pontos que marcam a Cultura da Cobli são permeados em todos. A seriedade em efetivamente praticar atitudes que beneficiem a produtividade é visível nas interações intra e inter times.

Minha experiência como estagiário

Na Cobli, o estagiário tem o objetivo de aprender, complementando a formação, além de ter apoio quanto a graduação, sendo possível ter horários flexíveis e pedir um tempo para estudos durante semana de provas. Esse ponto é um grande diferencial, já que em certos momentos a graduação pode pesar no cansaço.

Participei quase todo o estágio no time de Big Data (A.K.A. Prrruu). Como experiência profissional, essa foi minha primeira de maior duração. E mesmo com pouca experiência, desde o início já recebi atividades instigantes que demonstravam o quanto o time (e a Cobli) acreditavam no meu trabalho. Trabalhar em produção, com dados reais, impactando milhares de usuários foi uma constante. Você na prática implementa código e vê aquilo funcionar, tomando decisões que podem ser críticas, o que é um grande aprendizado. É gratificante receber responsabilidades mesmo quando se está iniciando.

E claro, sempre que necessário, pedi e recebi diversos conselhos e dicas que me auxiliaram muito, e com certeza me fizeram aprender certas coisas que dificilmente veria durante a graduação — por exemplo, conceitos relacionados a processamento de dados em tempo real de forma distribuída (streaming), ferramentas modernas de automação, serviços em cloud, etc. Estar próximo de pessoas brilhantes no que fazem ajuda demais, e o time de Big Data — assim como os demais — é excepcional.

Todas as frameworks que usei são interessantes, tanto do ponto de vista de serem novas, quanto de performance. O cerne do meu trabalho junto ao time foi o Apache Flink, utilizando Scala. Nosso objetivo do semestre foi migrar os jobs, passando de uma antiga arquitetura baseada em Akka para o Flink.

O principal motivo foi a performance e todas as vantagens que o Flink oferece. Uma framework para processamento de dados distribuídos, super robusta e própria para lidar com dispositivos enviando dados 24/7, o Flink é robusto para um alto volume de dados, além de lidar com backpressure, realizar checkpoints dos estados constantemente, operar com diversos níveis de paralelismo, etc. Em suma, abre caminho para escalar a quantidade de dispositivos nas frotas. Para quem se interessar sobre, o Flink é baseado em um modelo descrito neste paper ou vídeo.

Uma das principais linguagens de programação da Cobli é Scala. Scala é uma linguagem fantástica, e sua mescla entre programação funcional e programação orientada a objetos oferece uma flexibilidade que combina com o processamento do Flink, que possui também uma interface para Java.

Como nunca havia lidado com os problemas do contexto de streaming, foi desafiante. A forma como o processamento é realizado, se a ordem dos dados importa, o que fazer caso a aplicação caia no meio do caminho, como lidar com estados anteriores, e se o volume de dados aumentar subitamente, foram alguns questionamentos que tive ao longo desse caminho, e pela prática que tive na Cobli, atrelado ao encorajamento do time para que me aprofundasse na teoria de processamento de dados, hoje já tenho experiência para lidar com esses problemas — claro, não todos rs.

Os aprendizados que conquistei com certeza foram muito devido aos meus ótimos colegas de trabalho, e fico feliz de poder ter aprendido tanto com eles.

Últimas semanas

Nas minhas duas últimas semanas na Cobli, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre SRE (Site Reliability Engineering). O time de SRE (A.K.A. #nohammer) é responsável pela sustentação dos sistemas, produtividade dos desenvolvedores — desenvolvendo ferramentas -, assim como garante a confiabilidade (reliability), o bom funcionamento e saúde da plataforma.

Tive a oportunidade de me aprofundar no uso da AWS — que já havia adquirido quando estava no Prrruu — , em especial AWS Cloudformation, criando stacks para criação de infraestrutura em nuvem — infra as code. Em poucas palavras, para não ser tão técnico, o que o Cloudformation te permite é que sua stack, sua infra, esteja descrita em código, e possa ser criada, atualizada e destruída com um comando no terminal, fazendo com que o desenvolvimento e melhoramento seja mais simples, veloz e organizado.

Novamente, o time sempre disposto a auxiliar e incentivar com certeza engrandeceu toda minha experiência na Cobli.

Fim de uma etapa

Nesse semestre estagiando na Cobli, pude aprender muito, desde ferramentas, linguagens, técnicas, formas de implementação, boas práticas e muitas outras coisas. Mas acredito que um dos grandes aprendizados que vou levar é que uma empresa se faz de pessoas, se faz de como essas pessoas interagem e desenvolvem seu dia a dia. Ter pessoas boas que de fato têm uma visão de longo prazo, engajadas e preocupadas em colaborar e apoiar, é o que faz da Cobli um lugar especial.

Gostou da gente e está procurando uma oportunidade de emprego em tecnologia? Confira nossa página de carreiras e inscreva-se nas nossas vagas!

--

--

Cobli Brasil
Cobli
Editor for

Uma solução completa para gestão de frotas. Nós construímos o futuro da logística levando inovação a operações de campo de todo o país.