Design para uma Nova Economia.

Conheça Livia Fauaze e a Nonstop.

Matheus Queiroz
Co.cada
4 min readSep 12, 2017

--

Imagem: Nonstop

Foi durante um curso sobre Economia Criativa que um novo mundo se abriu para Livia, designer e criadora da Nonstop, uma consultoria de Design Estatégico que apoia a criação de negócios criativos e de impacto socioambiental.

Ao entrar em contato com novos conhecimentos e novas ferramentas como Dragon Dreaming, Comunicação Não-Violenta, Financiamento Coletivo, relações ganha-ganha, teve a certeza de que alguma coisa de muito diferente estava acontecendo no mundo.

Então ali eu comecei a minha própria transformação. De ver que eu podia sim ter um negócio, ter uma empresa que me permitisse trabalhar com essas questões. Nesse mesmo ano, em 2015, eu inaugurei a empresa que eu já vinha incubando, a Nonstop. (Livia Fauaze)

Hoje Livia atende especialmente empresas mas também algumas pessoas que querem empreender e não sabem ainda como fazer. O que é um negócio que pode ser viável hoje? O que o mercado tem demonstrado que é demanda? São as respostas para esse tipo de questionamento que a Nonstop te ajuda a encontrar.

O que é a Nonstop?

A Nonstop é um Escritório de Design Estratégico que se dedica a promover o aumento da criatividade, inovação e sustentabilidade de pequenos e emergentes negócios criativos e de impacto socioambiental. O Design Estratégico é uma abordagem de trabalho recente, e está relacionado a desenvolver uma ideia, um projeto ou um negócio a partir de princípios e premissas do pensamento de design, objetivando identificar claramente o problema e conduzir para a solução mais adequada.

Na consultoria trato da estratégia conciliada com a reflexão de que a missão do negócio precisa estar alinhada com as questões emergentes do planeta. É um trabalho que pode ter limitações alcance, mas que acredito que tem um enorme potencial para reverberar. Como sempre falo: a direção é mais importante que a velocidade.

O que ressalto no trabalho é o modo como o faço sob medida, nunca como um processo fechado. Cada demanda — e isso vem muito da minha visão como designer — me requer um processo de imersão onde identifico o que de fato é importante, as restrições e os recursos disponíveis. Para tanto uso uma visão holística, que me permite observar e entender melhor o cenário.

Palestra durante a Campus Party Bahia 2017 (Nonstop)

Visando a construção deste novo modelo de sociedade é que optei por trabalhar com o modelo pro bono, que é realizar a consultoria não remunerada, com estudantes ou profissionais que estão num momento de transição da própria carreira e não têm como investir neste momento.

O outro modelo é o do gift economy, em que eu informo o valor do meu trabalho mas é o cliente que decide como e quanto irá pagar. Com isso, permito que empresas que tenham um potencial para se consolidar e para impactar a sua comunidade tenham acesso a um trabalho profissional que auxiliará neste processo, favorecendo que a empresa permaneça no mercado. Nem tudo é sobre dinheiro.

Como a Nonstop se insere no contexto da Nova Economia?

Apesar de saber que a sociedade já passou por diversas transições, a transição que estamos vivendo neste século XXI é uma das mais decisivas para a humanidade, na minha visão. Quando conheci o Movimento de Transição, iniciado por Rob Hopkins na cidade de Totnes, na Inglaterra, e ao poucos fui aprofundando minhas pesquisas, percebi que muitas pessoas estavam fazendo esse movimento ao redor do mundo. Não necessariamente elas são denominadas de iniciativas de transição, outros termos ou expressões são utilizados, mas a verdade é que essas iniciativas estão empenhadas em transformar a sociedade baseada no modelo capitalista e consumista para um modelo mais justo e ambientalmente responsável, do “egocentrado” para o “ecocentrado”.

Vejo como é importante a constituição de negócios que considerem novas respostas para as demandas contemporâneas. Não há apenas uma resposta, mas sei que é necessário “dizer não” para paradigmas que já não fazem mais sentido, deixar espaço para o novo vir.

Eu compreendo que neste processo de Transição seja necessário consumir menos eu diria: o suficiente -, desacelerar o ritmo e a sobrecarga de informação, ter mais relações verdadeiras entre as pessoas e assumir o “ser pequeno é bom”, como defende Ernest Schumacher , autor do Livro “Small is Beautiful”. Ele diz que para as cidades serem resilientes elas precisam fomentar a economia local. Acredito que precisamos associar a economia local com as globais, uma sustentando a outra.

Agradecimentos a Livia Fauze, por toda a gentileza e simpatia!

Se você curtiu essa história, bate palminha e nos ajude a espalhar os projetos que você respeita.

Colaborar faz sentido ;)

--

--

Matheus Queiroz
Co.cada

Pesquiso e escrevo sobre #futurodotrabalho #projetoscolaborativos #tecnologia #inovação