Oração em línguas em tempos de polarização política

Vítor Carvalho Ferolla
Coisas velhas e coisas novas
2 min readFeb 27, 2024
Esse livro, originalmente escrito na década de 60, foi importantíssimo para a renovação carismática.

Parece-nos que esse papel do Espírito Santo em contornar nossos próprios pensamentos e emoções quando oramos nunca foi tão essencial quanto neste momento da história de nossa nação. Como muitos, assistimos com consternação o diálogo político se tornar mais severo, posições mais polarizadas, lados opostos cada vez menos capazes de se entenderem. Tib e eu percebemos nossas próprias visões mais rígidas. Nós descobrimos desrespeitando as pessoas que discordam de nós, ficando com muita raiva para orar, como Jesus nos ordena, por aqueles que passamos a ver como inimigos.

Mas Jesus não dá ordens sem também dar ferramentas para alcançá-las. A oração guiada pelo Espírito é a Sua provisão para refrear nossos próprios sentimentos de ódio. Todas as manhãs, antes das cinco horas, aqui em nosso grande complexo de apartamentos, ando pelos longos corredores vazios com uma lista — às vezes com fotografias — de pessoas que, se Deus me perguntasse, seriam relegadas aos confins do espaço sideral, e eu deixo minha linguagem espiritual orar para que a perfeita vontade de Deus seja feita neste filho d’Ele. O elevar do meu coração e o pulo no meu passo de volta ao apartamento T32 para tomar o café, me diz que minha oração é ouvida.

E quando uma ocasião pede louvores e ações de graças, além da nossa capacidade de expressar, as línguas são novamente o lugar natural para se voltar.

John Sherrill, em “Eles Falam Em Outras Línguas”, Epílogo: Desde Então… 55 anos depois, p. 194, 2020, Editora Reflexão.

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