Impressões da vida colombiana

Mariana conta como foi sua experiência vivendo 2 meses na Colômbia

Regiane Folter
Histórias que queria ter contado

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Fui para a Colômbia em janeiro de 2014 e fiquei quase 2 meses.

Eu decidi fazer intercâmbio porque já trabalhava na AIESEC há um tempo e queria continuar na organização. Para completar minha experiência só faltava o intercâmbio. E estava num momento muito bom porque tinha acabado a faculdade e ainda não tinha arrumado um trabalho nem nada, então era a hora certa de fazer isso. Além disso, uma das pessoas que eu mais admirava na AIESEC estava trabalhando na entidade de lá. Numa conferência internacional nos encontramos e ele me ofereceu um trabalho lá, e eu topei!

Eu cheguei em Bogotá, onde tinha uma conferência, e passei um fim de semana na capital. Foi bem legal, é um estilo meio São Paulo, só que com montanhas. Acho que essa foi a impressão que eu tive e os colombianos achavam isso muito engraçado.

Eu apanhei um pouco com o espanhol, porque brasileiro sempre acha que sabe espanhol, mas na verdade não sabe. Mas depois voltei sabendo! Passei frio, em Bogotá fazia frio mesmo, mas acho que o que eu realmente estranhei foram duas coisas random: os sucos com frutas completamente diferentes das que eu conhecia e a quantidade de escadas que a gente tinha que subir pela cidade. Eu ficava morta! Sou sedentária sim, mas aquilo era outra coisa, por conta da altitude de Bogotá mesmo.

Uma semana depois de desembarcar eu cheguei no meu destino final, a cidade onde iria trabalhar e que se chama Montería. É uma cidade pequena que está muito próxima do mar, então as pessoas lá se consideram costeñas. Fazia um calor muito grandeee, de você suar o dia inteiro. Eu fazia um paralelo muito grande entre as pessoas de Maceió, que eu tinha conhecido pouco tempo antes de viajar pra Colômbia, e as pessoas de Montería. Eles são muito parecidos! O “s” de Montería se pronuncia como faz a galera de Maceió. O jeito também era parecido, muito calorosos, hospitaleiros.

Eu morava com uma família daí mesmo e ia todos os dias a pé pra ONG onde eu trabalhava. Lá viviam umas 10 famílias, só mulheres e crianças. Eram pessoas em uma situação muito vulnerável. Me lembro de uma adolescente que usava um colar com um pingente estranho. Quando perguntei o que era, ela me respondeu que era uma bala de revólver estourada. Era comum na cidade dela, as meninas encontravam restos de balas na rua e e pegavam essas coisas para fazer colares. Eram histórias muito diferentes e, embora eles não contassem muito, a gente podia ver que vinham de locais com conflito armado das guerrilhas.

A comida foi outro choque cultural! A sopa lá en Montería eu estranhei muito, porque tomavam sopa quente meio-dia e não dava, o calor era demais. Também provei frutas que até hoje não sei dizer o nome. O principal era a banana, tudo tinha banana! Tinha até um salgadinho tipo Cheetos, mas de banana. Eu gostava! Acho que a única coisa ruim foi quando comi um croissant de presunto e queijo. Tava toda feliz pensando “nossa, um croissant aqui!” e ai descobri que tinha abacaxi no meio.

Conheci também Barranquilla no carnaval, foi lindo para conhecer mais dos costumes, das músicas, as máscaras, as fantasias e a cidade da Shakira, que eu adoro. Fomos no meio do Carnaval, que é um dos mais famosos da Colômbia, foi bem legal.

O que eu mais amei dessa experiência foram as pessoas, sem dúvida. O jeito delas, como me trataram, a família e amigos que fiz lá. Eles são muito muito carinhosos, me receberam absurdamente bem, tanto a família que me hospedou, como os amigos, como a ONG, todo o mundo. Foi puro amor!

Você pode ler sobre outra experiência colombiana, na cidade de Medellín, nesse post!

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Regiane Folter
Histórias que queria ter contado

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros