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A casa ainda está mais vazia que cheia e o eco é o som mais comum na sala
Dividimos o dinheiro e a lista e compramos o que deu. Faltam móveis, quadros, coisas.
Sobra amor.
Nossas malas e caixas estão no piso ao redor de uma cama que, embora nova, ainda é o mesmo lugar onde nos encontramos, nos abraçamos e nos perdemos um no outro.
Na cozinha improvisamos o jantar, comemos em potes de plástico e tomamos cerveja nas duas únicas canecas que temos.
Já fizemos uma cópia da chave, já temos luz e água quente saindo da torneira. Faltam ainda um milhão de detalhes mais de um futuro a dois, de um lar que já tem a nossa cara, o nosso cheiro, as nossas vozes.
Ainda acordo desorientado, sem lembrar onde estou e por um segundo tenho a mesma sensação de quando acordo num hotel. Mas ai sinto o calor dela do meu lado e lembro. Lembro do último ano de descobertas e de uma certeza única de que queríamos ficar juntos sobre o mesmo teto, desenhando nas paredes vazias de uma casa nossa história de amor e serenidade.
Gosto de estar aqui, gosto de ver nossas coisas misturadas, de não ter dinheiro por todos os gastos com a mudança, de cozinhar pra nós dois, de acordá-la de manhã cedo, de aprender sobre ela, de aprender sobre mim.
Gosto de estar nesse novo caminho, nessa aventura de viver junto e ir colocando cal e areia no fundamento dessa relação.
Gosto de todas as surpresas que ainda virão, já sei que gosto delas porque sei que nelas estamos os dois, a nossa casinha, o nosso quadrado e o nosso amor.
Gostou? Essa história faz parte do meu livro AmoreZ, uma coletânea de textos curtos sobre o amor. Conheça o livro no link e se inspire em amores que vão de A a Z 💛