Um intercâmbio em excesso

A jovem Fernanda Pires Bichuette conta como foram suas seis semanas na Índia

Regiane Folter
Histórias que queria ter contado
4 min readJan 28, 2018

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Quantos anos você tem e o que você faz?

Tenho 23 anos, sou formada em Relações Públicas e trabalho como Diretora de Desenvolvimento Organizacional na AIESEC Portugal.

Por quanto tempo você esteve na Índia e onde vivia?

Fui pra Índia em dezembro de 2014 e fiquei lá durante seis semanas. Cheguei lá pelo dia 20 de dezembro e fui embora no final de janeiro. Eu morei em Nova Deli.

Que outras cidades e lugares você visitou enquanto esteve lá?

Quando fui pra Índia eu visitei Vishikesh, Hariduar, Agra, Amrtza que é uma cidade na fronteira com o Paquistão, Jaipur e acho que foram essas.

Quais são os top 3 lugares para visitar nesse país e por que?

No top 3 estaria Agra, pelo Taj Mahal. É um lugar que você tem que ir se você vai pra Índia porque é uma coisa que representa muito o país. Eu gostei muito de Armtza também porque é onde está o Golden Temple, um templo muito lindo todo revestido a ouro. E também lá você vai na fronteira com o Paquistão e pode participar de algumas cerimônias que fazem no portão entre os dois países e dá pra entrar em contato com o povo paquistanês. Nessas cerimônias de cada lado fica uma nacionalidade, parecem duas torcidas de futebol. Aí marcham soldados, há apresentações de dança, é bem legal. E o terceiro lugar (nossa é muito difícil dizer)… A energia que eu senti em Jaipur foi incrível. A energia, a cor da cidade, os lugares que você pode visitar lá… Além de que pra brasileiros é bem legal pra quem assistia Caminho das Índias né, porque foi lá onde se passou a novela. Você se conecta com mais lugares e também faz mais calor que Nova Deli. E na verdade como morei lá em Nova Deli tenho que colocar esse lugar no top 1, porque representa tudo que é a Índia e mais um pouco! Então terminam sendo 4 lugares haha!

O que você mais amou da Índia?

O que eu mais amei no país é o excesso: é tudo em excesso! De gente, de cor, de barulho… No começo isso irrita um pouco porque a gente não está acostumado com tanto excesso. Mas é bem legal porque depois que você acostuma você começa a ver a riqueza dentro disso. Isso foi o que me fez apaixonar por lá.

Quais são as 3 principais coisas que alguém indo pra Índia deveria levar?

A primeira coisa é muito de entender o tempo que vai estar. Porque quando é calor, é muito calor. E quando é frio, é um frio que eu nunca tinha passado. Por exemplo na Índia foi a primeira vez que eu peguei 1 grau. Então tem que prestar atenção em quais roupas você vai usar, não achar que só porque é Índia vai estar muito calor sempre. E no calor é legal, principalmente para as meninas, levar umas calças mais folgadinhas, blusinhas que cobrem o ombro, ou seja: mesmo que faça 40 graus é importante tapar o corpo.

Eu era uma pessoa muito enjoada com comida, então acho que se eu tivesse levado temperos e algumas coisinhas brasileiras ia ser bom pra mim porque meu estômago não conseguiu se acostumar com as coisas da Índia. Um salzinho, um temperinho brasileiro, às vezes faz falta pra quem não tolera coisas muito fortes.

Não sei bem como explicar, mas lenço umedecido ou alguma coisa assim, primeiro porque lá tem muita poluição e aí é bom que você se limpe um pouco. Chega no final do dia, passa o lenço umedecido e você tá marrom haha! E também pra ir no banheiro, porque o banheiro lá é um pouquinho diferente, você tem que se lavar com uma canequinha. Então pra quem não gosta muito da ideia, um lencinho umedecido é a melhor opção.

Como são os indianos com os estrangeiros?

Na minha visão, de todos os lugares que fui, inclusive Brasil, os indianos são as pessoas que mais te fazem sentir bem-vindos. Eles são muito calorosos, eles querem levar você pra casa, te dar o máximo de comida possível, fazer você se sentir uma rainha! Então comparando com qualquer lugar que eu já fui nesse mundo, eles são os mais calorosos.

Como você resumiria em poucas palavras a experiência de viver nesse país?

Pra mim aquela “once you become a part of it, then it becomes a part of you” representa muito minha experiência na Índia. Como eu disse antes, quando você chega lá você não está acostumada ao excesso sabe, e você pode escolher a negação ou abraçar aquilo, se entregar e se tornar parte disso. Então foi no momento que eu decidi me tornar parte daquilo que a Índia se tornou parte de mim. Hoje eu carrego tudo que eu aprendi em todos os meus dias lá aqui comigo.

Pra conhecer a perspectiva de outra brasileira que conheceu a Índia, leia esse post!

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Regiane Folter
Histórias que queria ter contado

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros