Vou quebrar.

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4 min readApr 15, 2020

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Vou quebrar. Essa é a primeira sensação que eu tive quando acordei na segunda semana de quarentena. VOU Q U E B R A R.

Para uma sociedade em geral, estar no meio dessa pandemia já é complicado. Mas digo como "de humans" que sou, para nós é pior.

Números não devem ser um problema na nossa profissão, mas meu mantra, desde sempre, que não forma a compreensão das finanças, fluxo de caixa, DRE, plano de negócios entre outros assuntos. Entendemos de criação, design, arte e comunicação.

Então, tenho duas notícias para esse lindo texto vida real estilo: Você vai aprender aprender na marra!

Não adianta nos gabarmos de que frente às demais profissões e áreas temos a vantagem de sermos e nascermos digitais. Entendemos de Slack, Teams, Zoom, Basecamp, Asana e Run Run it. Que para nós o whatsapp não é nem considerado ferramenta de trabalho.

Esse momento pra nós, pequenos e médios empresários, freelas — o corre é outro.

Nos adaptamos em uma semana com o home office. Entendemos que sim, tem gaps, mas pera, conseguimos trabalhar a distância e em rede. Produzimos muito, produzimos mais.

Agora, como fazer nosso fluxo de caixa durar 3 meses — na mais otimista das expectativas — se nem no nosso dia a dia normal, dominamos as tão terríveis planilhas do excel?

Sim amigos, já trabalhei e, trabalhamos nesses 20 anos para marcas gigantes, Netflix, Itau, Spotify, Ambev, mas o Excel, esse sim é terrível. Pior que o Exterminador do Futuro, é própria Skynet. Mas, se tem uma coisa que crise traz é urgência. E na urgência ou emergência, você tem dois caminhos: se apavorar ou contra-atacar.

Eu geralmente contra ataco. A praticidade ajuda nisso.

E como fazer isso sem ter a menor aptidão — sim, porque essa é sempre a desculpa de humanas para não se envolver com os números?
Se reinventando. A hora é agora.

No nosso caso, estamos lidando com atrasos de pagamento, inadimplência e o pior, queda brusca no volume de entrada de novos trabalhos, então, negociamos aluguel, não pagamos os impostos sobre notas, e estamos esticando a corda o máximo que conseguimos.

Então, nossa meta é nos proteger, proteger nossa equipe e proteger nossa empresa.

Temos duas frentes:
1- Garantir a saúde financeira da empresa, porque a crise vai passar e ela é nosso ganha pão.
2- Ajudar os clientes a se manterem firmes, negociando os pagamentos e continuando nossas entregas. Isso ajuda não só a nossa saúde mental, mas mantém os negócios vivos e ativos e, a roda continua a girar, mesmo que em outra velocidade.

E como trabalho sempre na praticidade, essa semana recebi um material que li e me enchi de orgulho do que a generosidade pode fazer quando queremos ajudar.

A Inesplorato, empresa parceira da gente e da qual temos imenso orgulho de trabalhar, criou um documento que resolve muitas das nossas dúvidas.

>> Baixe aqui <<

Fizeram uma força-tarefa convidando líderes de grandes empresas brasileiras a oferecerem seus valiosos pontos de vista sobre como navegar nesses mares turbulentos. Uniram essas contribuições à experiência da Inês e criaram um Guia prático para transformar pequenos negócios a favor de um mundo novo.

O Guia é como um diário de bordo com aprendizados e uma série de atividades que te levam a encarar seu negócio por outras perspectivas. Ele reflete a visão de que o melhor a fazer diante dessas mudanças é encará-las como uma chance de colocar em prática ações que farão do seu negócio um lugar melhor para você, sua equipe, clientes e a para a sociedade como um todo.

Ele apresenta com estudos e na prática temas como:
Reconhecer a nossa interdependência,
Qual a nossa relevância no mercado,
Como lidamos com o digital e com os serviços digitais.
Funções e habilidades,
Reinventar ou Conhecer as funções financeiras.

Entre outras dicas com exercícios práticos para mudarmos nossa cultura de achar que design é só criação, que não temos que pensar em homem hora, funcionário, carreira, portfólio, divulgação, networking, relacionamento com cliente….

Sim, TEMOS, devemos, e se não for agora talvez seja tarde demais. Aí a gente quebra mesmo, e não é pelo Corona e sim pela nossa falta adaptação ou de visão.

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Vanessa Queiroz Co-fundadora, Designer e Novos negócios do Colletivo

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