Feliz Aniversário, Harry: Um ranking com os filmes da franquia Harry Potter

Adam William
Adam William
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6 min readJul 31, 2019

Um dos personagens mais queridos da cultura pop faz aniversário no dia 31 de julho: Harry Potter, o menino-que-sobreviveu. A obra de Joanne Kathleen Rowling que ganhou o mundo chegou aos cinemas primeiramente em 2001 e teve sua jornada seguindo no decorrer de 10 anos, culminando em Harry Potter e as Relíquias da Morte — parte 2.

Como alguém que acompanhou essa jornada, crescendo junto com os protagonistas, decidi rankear os filmes estrelados pelo bruxinho — e unicamente estes —neste ranking que você confere abaixo!

8.Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Enigma do Príncipe é de longe o filme mais fraco na minha concepção. Após cinco filmes, a aventura precisou parar, respirar e dar um jeito de encaixar todas as jornadas individuais dos personagens para apontá-las para um único desfecho. Só esqueceram de contar ao diretor que Enigma é um dos livros mais importantes da saga justamente por sua trama contextualizar a origem do herdeiro de Sonserina e grande vilão da saga. Em vez disso, tivemos uma comédia-adolescente bruxa que mais se preocupa em lidar com romances do que com as horcruxes.

7.Harry Potter e a Ordem da Fênix

Assumindo a saga em seu quinto capítulo, David Yates entrega um bom filme, mas aquém do rumo que a franquia vinha até então. O aspecto maduro — até político — cai bem a obra, mas falta mais imaginação para que Ordem da Fênix possa se sobressair aos demais filmes. Ainda assim, é uma obra interessante pelo desenvolver de personagens, que aqui ganham novas nuances: o destaque vai para os diálogos entre Harry e seu padrinho Sirius e a batalha final, que coloca Dumbledore e Voldermort — dois dos personagens mais poderosos na mitologia da saga — frente a frente.

6.Harry Potter e as Relíquias da Morte — parte 2

Sendo o responsável por metade da franquia, David Yates chega ao capítulo final cometendo erros de outrora. Destacando-se mais pelo peso emocional ao encerrar a jornada do que por sua qualidade de fato, a segunda parte de Relíquias da Morte sofre com a divisão da história e soa apressado em sua primeira metade para que a ação volte logo para a familiar Hogwarts. Seu embate final agrada pelo equilíbrio de personagens — do protagonista aos menores coadjuvantes — e o efetivo final para seus arcos narrativos. Os momentos finais são um agrado ao fã, que dizia adeus — até então — ao marco cultural que foi a saga.

5.Harry Potter e a Pedra Filosofal

O diretor Chris Columbus de clássicos familiares como Esqueceram de Mim e Uma Babá Quase Perfeita foi o responsável por dar vida à obra de J.K. Rowling e alçá-la a um ponto que ninguém poderia imaginar. Harry Potter e a Pedra Filosofal chegou aos mundo em 2001 e criou uma nova tendência em Hollywood. Apesar disso não é uma obra perfeita(!), mas isso pouco importa diante do encantamento que Pedra Filosofal causou — e ainda causa — no espectador. A forma como Columbus nos apresenta aos personagens e elementos deste novo mundo é agradável e didática no ponto certo, cativando crianças e adultos que viveriam juntos a jornada do menino-que-sobreviveu.

4.Harry Potter e a Câmara Secreta

Após lançar o bruxinho no mundo do cinema, Chris Columbus retorna para o segundo capítulo. Apesar de Câmara Secreta se parecer muito com o antecessor, tanto em sua estrutura de roteiro quanto em ritmo, o segundo filme destaca-se por apontar a franquia para um lado mais sombrio, algo que ainda viria a se consolidar logo no capítulo seguinte. O destaque da vez vai para a expansão da mitologia, uma vez que a aventura introduz elementos que seriam importantes nos momentos finais da saga: a ligação de Harry e Voldemort, as horcruxes e a espada de Grifinória. Além de um dos climaxes mais angustiantes — e divertidos — da franquia.

3.Harry Potter e as Relíquias da Morte — parte 1

Com a divisão do último livro em dois, Relíquias da Morte se consagra ao abordar pouco além da primeira metade. Assim, sua história é a primeira a ocorrer completamente fora da segurança de Hogwarts, ganhando pontos por sair do lugar comum e entregando sequências maravilhosas como a perseguição na floresta ou a invasão ao Ministério da Magia. Sozinhos, Harry, Ron e Hermione precisarão lidar com as forças de Voldemort, mas também com seus próprios conflitos internos, dando margem para o trio de atores entregar o ápice de suas performances — destaque para Rupert Grint, o Ron — na saga. Seu clímax na mansão Malfoy é um dos mais legais da franquia, pontuado pela presença de antagonistas icônicos — Bellatriz e Lúcio Malfoy — e pelo seu desfecho agridoce de uma vitória que não vem sem sacrifícios.

2.Harry Potter e o Cálice de Fogo

Cálice de Fogo é um dos filmes mais divertidos e significativos para o crescimento do protagonista e o andamento de sua jornada. Após três aventuras com estruturas semelhantes, Cálice surge como um filme de história e ritmo únicos. Sua trama acelerada engata logo no começo e não para até seus minutos finais, passando pelas insanas e divertidas provas do Torneio Tribruxo. O desenrolar do filme fica ainda melhor quando entendemos todo o plot que ocorre em segundo plano, resultando em um clímax que joga a franquia noutra direção ao concretizar a ressurreição de Voldemort, além de deixar claro que sua ameaça é maior do que nunca: afinal, é aqui que vemos um aliado de Harry morrer em batalha pela primeira vez.

1.Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

O segundo — e melhor — diretor a assumir a franquia foi nada menos que o brilhante Alfonso Cuarón. Após duas aventuras inocentemente sombrias, Cuarón entregou um filme que traz a fantasia por um viés muito mais sóbrio e, por vezes, assustador. Há uma sensibilidade única em Prisioneiro de Azkaban que torna o filme memorável além dos demais. Além de aspectos como a câmera precisa de Cuarón e o visual impecável — que falam por si só –, é em Prisioneiro que vemos o trio de protagonistas ganhar vida de fato, crescendo para fora das telas e dos livros e conectando-se verdadeiramente com o espectador. Seus dramas, suas dores, tornam-se tangíveis. Sua resolução, que conta com um inteligente twist, é dotada de pequenas perfeições que engrandecem a obra: o design do lobisomen, o som do relógio durante a sequência do vira-tempo, etc. Prisioneiro de Azkaban é sem dúvida um dos maiores acertos da franquia e talvez o único dos filmes que permanece acima desta.

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Adam William
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