Existir

Dubito, ergo cogito, ergo sum.

Henrique Malvão
2 min readOct 26, 2013

Durante esse meu pequeno meio-tempo de vida, muitas vezes eu já me perguntei o que eu estou fazendo aqui nesse mundo, e o porque de eu existir — uma pequena crise existencial. Questionamentos como esse, faz o mundo, e talvez tudo, ter sentido de uma certa forma.Não chega a ser engraçado o modo que nós somo gerados? Sem sarcasmo. Como se a existência se resumisse em uma única ação: reprodução. E logo depois, descobrimos que em alguma hora da vida vamos morrer. Essa é a nossa maior certeza, sem hora e local marcado. Nisso tudo, o que nos resta, é viver. Tudo isso parece uma doce ilusão, onde nós passamos a amar pessoas, apreciar coisas e a cada dia querer viver mais e mais, até o dia que o grande espetáculo se encerra.

“Eu duvido, logo penso, logo existo”

Cada pessoa tem sua forma de enxergar e interpretar o mundo, e particularmente, eu acho isso incrível. Teorias científicas, filosóficas e religiosas estão aí para tentar sanar essas nossas dúvidas que nos afrontam desde sempre, ou apenas nos serve para nos confortar e “aliviar” de questionamentos sobre a origem da vida e qual o sentido da mesma. “De onde viemos e para onde vamos?” são questionamentos considerados clichés, porém, alimentam e muito, os sentidos humanos à procura de respostas. Faço a mim mesmo tais perguntas e imagino/crio diversas hipóteses. Algumas como:

  1. Vivemos em um grande simulador ou num sonho — sim, como se fosse o game The Sims — e somos, de certo modo, programados para evoluir de diversas formas e passar por marcos históricos durante essa jornada. (Mais detalhes da teoria de como penso)
  2. Somos um “planeta de teste” de uma humanidade superior em diversos aspectos. Seres perfeitos.
  3. Temos origem de uma entidade superior, porém desconhecida.
One Failed Uplift — Possível e curioso retrato de uma entidade superior.

Tais hipóteses que apresentei podem lhe parecer loucura, mas, quem garante que essa não seja a verdade? Qual é a verdade? Isso que acaba tornando tudo fantástico. Durante uma aula de filosofia, meu professor João explanou sobre René Descartes e a sua busca por uma verdade inquestionável. O filosofo questionava a sua existência e seus sentidos, que nós vivemos em um sonho. E esta teoria, de certa forma, reforça o questionamento que fiz logo acima. Nós vivemos, temos nossa convicção e uma só certeza: não sabemos de nada. Você pode ter seu próprio pensamento sobre este assunto, e isso é muito bom, devemos respeitar isso. Siga o que mais lhe convém ou lhe parece justo, um pensamento religioso, filosófico ou cientifico. Mas tenha em mente que tudo pode ser verdade, ou simplesmente uma grande mentira.

--

--

Henrique Malvão

Cético e curioso pelo comportamento humano. Estudante de direito e ex-futuro designer. Meio artista digital e ouço música pra caramba.