O Mural: Microcrônicas de lembranças e afetos.
Assumir-se LGBTQIA+ pode significar muito. Qual a sua história?
Assim começou a convocatória para os relatos que hoje ocupam o Espaço de Tecnologias e Artes do Sesc Santo André. Convidamos pessoas LGBTQIA+ a contarem suas experiências de assumir-se a alguém especial da família. Os pais, os avós, tios, os protagonistas de seus núcleos familiares, laços de sangue ou coração.
Foram dezenas de depoimentos, das mais variadas experiências. Uma mãe que se assumiu ao filho, netos cheios de afeto com seus avós, irmãos se protegendo e, claro, filhos, adotivos e biológicos, repletos de expectativas.
O mural conta com 74 frases retiradas dos depoimentos. Selecionadas a partir da força de suas mensagens e da representatividade que revelam. Cada frase trazendo uma história, uma crônica escondida nas ruas, em cada família. Temos toda a diversidade: homens e mulheres, cis e transgênero, gays, lésbicas, bissexuais… Gente de muitas gerações.
Inspirado nos lambe-lambes, como forma de aproximação com a voz que sai das ruas, o mural traz cores e tipografias pensadas para compor da maneira mais cuidadosa cada mensagem, com palavras exercendo variados grifos e destaques para que a leitura flua com a entonação das falas, das emoções que são expostas.
Com doze cores, o mural traz a diversidade das vozes representada nos tons da bandeira progressista do Orgulho LGBTQIA+, aquela que, além das seis cores da tradicional bandeira do arco-íris (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e roxo), ainda traz as cores da bandeira trans (turquesa, rosa e branco), além do preto e marrom, representativas das questões raciais.
Cores embaralhadas, misturadas e, por contraponto, unidas, como a diversidade que evocam. Todas entremeadas com o cinza, pausa no colorido, cor de concreto das cidades. O design gráfico aliado à literatura viva das experiências pessoais.
