Sem tempo
No silêncio da madrugada,
Sobre o calor de mim, sob o frio do mar.
Os ponteiros do meu relógio imaginário agitam pensamentos.
Acordam o carrasco mental, cujo o espelho insiste ser eu.
Ele afia machado, mas o sono está presente.
Ele nos observa, curioso.
Será que assombra também os sonhos?
Não. Não posso encarar nada,
Apenas busco refúgio nestas palavras tortas.
Fugindo da fuga, na cela que eu construí.
Busco a poesia como uma tocha.
Luz em meio a escuridão,
Esperança entre tanta ilusão.
Escuto o ranger dos dentes contra a mão.
Contra o travesseiro duro, o macio hoje está sob uma cabeça mais leve.
A minha dói, os neurônios não se entendem.
Estão num campo de batalha, lutando uma guerra perdida.
A alma já dormiu.
Os aplausos são importantes para quem escreve — eles vão de 1 a 50 — dê quantos considerar que o texto merece.
