Diário. É de comer?

Cynthia Teixeira Esteves
Comunidade da Escrita Afetuosa
2 min readJan 30, 2024

“Tenha um diário”. É o que sempre escuto de escritores, professores e também de colegas que escrevem. Acho o máximo a prática, e tento imaginar o que escrevem. Quantos deles será que começam com “Hoje não tenho nada a dizer…”?

Desde que comecei a entrar melhor no mundo da escrita, resolvi que deveria ter um diário também. Anotar minhas ideias, frustrações, memórias e banalidades da vida. Antes de qualquer coisa, decidi anotar a minha meta: escrever nele todos os dias — será que a segunda era: acreditar na mentira anterior?!

Ele tá logo ali. Bem guardado. Em uma gaveta. Pela quantidade de coisas nela, já deve ter se perdido em Nárnia. Devo usar umas três vezes no ano. Nem isso, para falar a verdade. Porém, sempre me adaptei muito bem à agenda. Anotações diárias misturadas com obrigações de cada dia. Simples e prático.

Assim como quase toda adolescente, eu também tive o meu diário cor de rosa — quem diria que um dia eu já tenha gostado dessa cor. Acho que mais de um. É algo que de fato não lembro, e nem perco meu tempo procurando, já foram todos para o lixo. faz tempo. Os segredos e os “crushes” da época, também. Não lembro de nada.

Hoje, continuo com o mesmo diário — perdido em Nárnia. Sigo tentando. Sou brasileira, não desisto nunca — a não ser que a preguiça insista nisso. Mas, a modernidade finalmente me pegou. Mesmo sempre preferindo escrever papel, agora o diário está ali, no computador. Organizado. E não mais esquecido.

Talvez, o empurrão que eu precisava, era uma boa evolução mesmo para eu me adaptar.

Texto para Comunidade de Escrita Afetuosa

Exercício 2: Escrever inspirada no “Meu Querido Diário”

Janex2

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Cynthia Teixeira Esteves
Comunidade da Escrita Afetuosa

Escritora taurina e introvertida. Escrevo Crônicas sarcásticas mas que também fazem pensar.