Em algum lugar do (meu) futuro

Texto 1

A foto mostra uma pessoa carregando um cesto de vime, cheio de tomates maduros. Parece pesado pelos músculos e veias que saltam da profundidade da pele, curtida pelo sol. Tudo indica que é um homem familiarizado com a roça, pela segurança com que sustenta a colheita.
Ao fundo a plantação de tomates revela a fertilidade da terra e a abundância da natureza. Os tons verdes e alaranjados dos frutos ainda imaturos se misturam numa ordem que parece aleatória, mas segue o ritmo da própria da vida, onde tudo nasce e morre no seu devido tempo.

Texto 2

A luz suave do sol que brilha sobre os tomates me transporta ao sonho de conhecer a Itália. Chego a sentir o sabor do fruto maduro, macio e suculento, regado a azeite de oliva, derramando-se sobre a massa fresca e pedindo, quase implorando, um gole de vinho tinto. Me vejo na Toscana. Ah, a Toscana, terra dos meus sonhos. Lugar de poesia, onde o céu se encontra com as colinas ondulantes, vestidas de vinhedos e oliveiras. Sinto na pele a brisa suave carregada do perfume das lavandas e dos alecrins. É tão real! Quase uma saudade do que ainda não vivi.

Conhecer a Itália é um desejo desde que estudei arquitetura, artes e mitologia. Tenho fascinação pela história e pelos mistérios. Me pergunto: por que não realizei esse sonho? Não há resposta exata. Algumas coisas simplesmente acontecem, empurram em outra direção e viram sombra de uma vida imaginada.

Enquanto não finco os pés nos campos da Toscana, busco o sabor do sonho na culinária italiana. Devoro receitas de massas frescas, molhos suculentos de tomates maduros, ervas aromáticas e flores comestíveis, imaginando longos passeios pelas vilas renascentistas.

Olho mais uma vez a foto. Um cesto de vime. Tomates vermelho-brilhante. Mãos de pele dourada pelo sol da Toscana. Histórias, cheiros, sensações, desejos. Em algum lugar do (meu) futuro.

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Exercício 1 — Escrever a partir das descrição de uma foto